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Trump faz nova proposta sobre fronteiras para terminar "shutdown"

Donald Trump anunciou uma proteção temporária aos imigrantes, mas não abdica das verbas para o muro.

19 de Janeiro de 2019 às 21:32
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Donald Trump dirigiu-se aos americanos este sábado, propondo proteção legal aos imigrantes sem documentos em troca do acordo dos democrates para garantirem verbas para a construção do muro na fronteira com o México.

O Presidente norte-americano anunciou a sua nova proposta, que alguns órgãos de comunicação social norte-americanos dizem não ser muito diferente do que já foi proposto, para tentar desbloquear o "shutdown" dos Estados Unidos, que não conseguiu acordo orçamental e, como tal, o governo federal não tem autorização para gastar dinheiro, o que significa o encerramento de alguns serviços públicos.

Trump ofereceu uma proteção por três anos para 700 mil DACA ("Deferred Action for Childhood Arrivals", que concede autorização temporária para residir e trabalhar nos EUA aos que entraram no país de forma ilegal quando eram crianças, mas que não se conseguem nacionalidade americana - sistema com o qual Trump tem tentado acabar)

e 300 mil imigrantes (os designados TPS ou "temporary protected status", que são vistos temporários para pessoas provenientes de países em guerra ou que tenham sido vítimas de catástrofes naturais), concedendo-lhes uma proteção temporária, de mais três anos.

Propôs, ainda, um apoio de emergência humanitária de 800 milhões de dólares, e o destacamento de mais 2.750 agentes para o serviço de fronteira e segurança e mais 75 equipas de imigração.


Continua, no entanto, a pedir verbas para a construção do muro, no valor de 5,7 mil milhões de dólares. 

Fazendo questão de dizer que iria fazer "um anúncio importante", Trump declarou pretender manter a promessa que diz ter feito durante a campanha eleitoral de consertar o sistema de imigração. "Há mal há muito tempo". 

Para Trump, as propostas "são razoáveis com muitos compromissos". Pede consensos. 

O senador Mitch McConnell irá apresentar a proposta no Senado na próxima semana. E Trump compromete-se a reunir semanalmente com os democratas na Casa Branca para trabalharem em conjunto. 

Mesmo antes da declaração de Trump ter acontecido, já a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Palosi, declarava, em comunicado, que o acordo proposto por Trump "era uma compilação de várias iniciativas que anteriormente foram rejeitadas, cada uma das quais inaceitável e que no conjunto não representam um esforço de boa fé para restabelecer a segurança". Por isso, antecipa que não passarão na Câmara até porque não respondem, de forma definitiva, aos designados "dreamers" (os 700 mil imigrantes que foram em criança para os Estados Unidos).


O "shutdown" atual é o maior na história norte-americana e está a afetar 800 mil funcionários. 

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