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Trump defende que a tortura funciona. “Temos de combater fogo com fogo”

O presidente dos Estados Unidos defendeu em entrevista uma técnica de tortura. "É preciso combater fogo com fogo", disse Trump, que vai decidir com a sua equipa que métodos utilizará.

5º Donald Trump, 782 notícias - O presidente eleito dos EUA é o grande protagonista deste final de ano. Foi o mais citado nas notícias do Negócios em Novembro e Dezembro e é o primeiro estrangeiro neste ranking.
Jonathan Ernst/Reuters
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Chama-se "afogamento simulado" e consiste em deitar uma pessoa de costas, com a cabeça inclinada para trás, lançando água para a cara e para as vias respiratórias. A técnica de tortura foi defendida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, numa entrevista em que defendeu que é preciso "combater fogo com fogo".

Questionado pela estação de televisão ABC sobre se vai aplicar as chamadas técnicas de "afogamento simulado" ("waterbording") e "uma série de coisas piores", como tinha admitido em debates anteriores, Donald Trump defendeu que a técnica funciona, admitindo que o possa vir a fazer.

"Quando estão a cortar as cabeças dos nossos e de outras pessoas, quando cortam as cabeças de pessoas porque são cristãos no Médio Oriente, quando o ISIS está a fazer coisas sobre as quais ninguém ouvia falar desde os tempos medievais, o que penso mesmo sobe afogamento simulado [waterbording]? No que depender de mim temos de combater fogo com fogo", respondeu.

O presidente dos Estados Unidos afirmou depois que vai falar sobre o assunto com Mike Pompeu, director da CIA, e James Mattis, secretário de Defesa, sugerindo que a decisão será dos dois responsáveis.

"Mas falei há 24 horas com pessoas do mais alto nível dos serviços secretos e perguntei-lhes: a tortura funciona? E a resposta foi: sim, sem dúvida", acrescentou.

Mas agora que é presidente? "Eu não quero ninguém a decapitar cabeças no Médio Oriente, ok? [Só] porque são cristãos ou muçulmanos ou outra coisa qualquer".

O presidente dos Estados Unidos disse que confiará na sua equipa para decidir o que fazer, desde que seja "legal", ainda que tenha deixado implícito um lamento sobre as diferentes práticas nos diferentes países. "Mas se acho que funciona? Sem dúvida."

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