Notícia
Dia do juízo final: Trump põe relógio 30 segundos mais próximo da meia-noite
A negação das causas e dos efeitos das alterações climáticas e a escalada de declarações em torno do reforço do poderio nuclear levaram o painel de cientistas a colocar o relógio a dois minutos e meio do designado "Doomsday", a iminência de uma explosão nuclear que destrua o planeta.
A incapacidade dos líderes mundiais lidarem com questões como o armamento nuclear e com as alterações climáticas no planeta, nomeadamente nos EUA, levou os cientistas do painel de ciência e segurança do Boletim dos Cientistas Atómicos a adiantar em 30 segundos o denominado "relógio do dia do juízo final".
A decisão do painel, comunicada esta quinta-feira, 26 de Janeiro, em Washington coloca agora o relógio a dois minutos e meio da "meia-noite". Ou seja, mais perto do que simbolicamente se designa a iminência de uma explosão nuclear de larga escala que destrua o planeta.
A justificar o avanço estão, de acordo com um comunicado daquela organização, "comentários perturbadores sobre o uso de armas nucleares feito por Donald Trump, tal como a descrença expressa no consenso científico esmagador [em torno] das alterações climáticas, tanto de Trump como de vários dos membros da sua administração (…) tal como a emergência de um nacionalismo estridente a nível global."
O painel critica duramente a expressão utilizada na semana passada pela equipa do novo presidente norte-americano – factos alternativos – para defender que as alterações climáticas não devem ser um assunto partidário e para considerar que o ambiente político nos EUA é "especialmente preocupante."
No final de Dezembro, num dos seus inúmeros "tweets", o então presidente eleito e agora chefe de Estado defendeu que "os Estados Unidos têm de reforçar consideravelmente e expandir a sua capacidade nuclear até um ponto em que o mundo ganhe juízo em relação às armas nucleares". Os EUA e a Rússia detêm mais de 90% das armas nucleares do mundo.
Por outro lado, algumas das primeiras medidas que tomou desde que chegou à Casa Branca vão ao arrepio da redução da dependência das energias fósseis, com a autorização para o desenvolvimento de dois oleodutos. Além disso, entre as prioridades mais imediatas da administração Trump está o fim de normas regulamentares na área do ambiente (como o Plano de Acção para o Clima e as Águas) e a continuação da "revolução do gás e petróleo de xisto".
O indicador ("Doomsday Clock" na versão original em inglês) existe desde 1947 e foi, na altura da sua criação, colocado a sete minutos da meia-noite. É a primeira vez em 70 anos que o relógio desenvolvido junto da Universidade de Chicago avança 30 segundos. As mudanças no relógio são decididas todos os anos pelo painel que inclui 15 galardoados com o prémio Nobel.
Foi no ano de 1991, com o fim oficial da Guerra Fria, que o relógio esteve mais longe (17 minutos) da designada meia-noite. E em 1953 o ano em que esteve mais perto (dois minutos), neste caso devido à decisão dos EUA desenvolverem a bomba de hidrogénio.
A decisão do painel, comunicada esta quinta-feira, 26 de Janeiro, em Washington coloca agora o relógio a dois minutos e meio da "meia-noite". Ou seja, mais perto do que simbolicamente se designa a iminência de uma explosão nuclear de larga escala que destrua o planeta.
O painel critica duramente a expressão utilizada na semana passada pela equipa do novo presidente norte-americano – factos alternativos – para defender que as alterações climáticas não devem ser um assunto partidário e para considerar que o ambiente político nos EUA é "especialmente preocupante."
No final de Dezembro, num dos seus inúmeros "tweets", o então presidente eleito e agora chefe de Estado defendeu que "os Estados Unidos têm de reforçar consideravelmente e expandir a sua capacidade nuclear até um ponto em que o mundo ganhe juízo em relação às armas nucleares". Os EUA e a Rússia detêm mais de 90% das armas nucleares do mundo.
Por outro lado, algumas das primeiras medidas que tomou desde que chegou à Casa Branca vão ao arrepio da redução da dependência das energias fósseis, com a autorização para o desenvolvimento de dois oleodutos. Além disso, entre as prioridades mais imediatas da administração Trump está o fim de normas regulamentares na área do ambiente (como o Plano de Acção para o Clima e as Águas) e a continuação da "revolução do gás e petróleo de xisto".
O indicador ("Doomsday Clock" na versão original em inglês) existe desde 1947 e foi, na altura da sua criação, colocado a sete minutos da meia-noite. É a primeira vez em 70 anos que o relógio desenvolvido junto da Universidade de Chicago avança 30 segundos. As mudanças no relógio são decididas todos os anos pelo painel que inclui 15 galardoados com o prémio Nobel.
Foi no ano de 1991, com o fim oficial da Guerra Fria, que o relógio esteve mais longe (17 minutos) da designada meia-noite. E em 1953 o ano em que esteve mais perto (dois minutos), neste caso devido à decisão dos EUA desenvolverem a bomba de hidrogénio.