Notícia
"Não" de Ancara e Istambul insuficiente para derrotar "sim" à reforma de Erdogan
O "sim" à reforma constitucional que dará mais poderes ao presidente Erdogan vai à frente, mas diminuiu a vantagem na contagem final. A televisão turca dá a vitória ao "sim". Oposição contesta resultados.
Depois de uma vantagem que dava o "sim" com mais de 60% dos votos, quando estavam contados um terço dos votos (32,35%), o "sim" diminuiu a vantagem.
Com 93% dos votos contados o "sim" diminui a vantagem para 51,6%, mas em Ancara a vantagem foi do "não". De acordo com a TRT, o "não" am Ancara teve 50,3%, ganhando ao "sim" que dá mais poderes ao presidente. Também em Istambul, com a maior parte dos votos contados, o "não" terá vencido a votação. Está, neste momento, com 51%. Também em Esmirna o "não" vai à frente com 68%.
A televisão turca já está a dar a vitória ao "sim".
As urnas já fecharam e alguns sondagens antes do escrutínio davam conta de uma vantagem estreita do "sim".
Os turcos foram chamados a votar num referendo que converte a Turquia num sistema político presidencialista em vez do actual sistema parlamentar, permitindo ao actual presidente Erdogan a ficar no poder pelo menos até 2029. É que de acordo com as alterações propostas Erdogan pode ficar em mais dois ciclos eleitorais, o que significa que se ganhar as eleições previstas para 2019 e 2024 poderá ficar à frente do país até 2029.
Em referendo estão 18 alterações constitucionais, tendo este acto eleitoral sido convocado depois de não ter reunido a votação favorável de dois terços dos deputados no Parlamento.
Os analistas internacionais já falam destas mudanças como o desenvolvimento político mais relevante desde que a república turca foi declarada em 1923.
O The Guardian sintetiza as propostas de alterações constitucionais, que incluem:
Cerca de 55 milhões de pessoas eram elegíveis para votar em mais de 167 mil assembleias de voto.
Com 93% dos votos contados o "sim" diminui a vantagem para 51,6%, mas em Ancara a vantagem foi do "não". De acordo com a TRT, o "não" am Ancara teve 50,3%, ganhando ao "sim" que dá mais poderes ao presidente. Também em Istambul, com a maior parte dos votos contados, o "não" terá vencido a votação. Está, neste momento, com 51%. Também em Esmirna o "não" vai à frente com 68%.
#BREAKING: Turkey votes “YES” in historic referendum and moves toward an executive presidency #TurkeysChoice https://t.co/zqOpHsaDnK pic.twitter.com/NGqosNSWpG
— TRT World (@trtworld) April 16, 2017
As urnas já fecharam e alguns sondagens antes do escrutínio davam conta de uma vantagem estreita do "sim".
Os turcos foram chamados a votar num referendo que converte a Turquia num sistema político presidencialista em vez do actual sistema parlamentar, permitindo ao actual presidente Erdogan a ficar no poder pelo menos até 2029. É que de acordo com as alterações propostas Erdogan pode ficar em mais dois ciclos eleitorais, o que significa que se ganhar as eleições previstas para 2019 e 2024 poderá ficar à frente do país até 2029.
Em referendo estão 18 alterações constitucionais, tendo este acto eleitoral sido convocado depois de não ter reunido a votação favorável de dois terços dos deputados no Parlamento.
Os analistas internacionais já falam destas mudanças como o desenvolvimento político mais relevante desde que a república turca foi declarada em 1923.
O The Guardian sintetiza as propostas de alterações constitucionais, que incluem:
- A abolição do posto de primeiro-ministro. O presidente é que vai nomear o governo, com vários vice-presidentes. O Parlamento não mais vai fiscalizar os ministros, já que lhes é retirada a possibilidade de iniciarem uma moção de censura;
- O Presidente já não tem de ser neutral, podendo manter a ligação a um partido político. Actualmente, o presidente quando eleito tem de romper a ligação, mas agora, se vencer, Erdogan pode voltar à liderança do seu partido AKP;
- Os deputados serão mais: passam de 550 para 600, com idade mínima de 18 anos;
- O Parlamento pode, no entanto, iniciar um processo de destituição do Presidente ("impeachement");
- Os tribunais militares vão ser abolidos;
- O Presidente poderá nomear quatro dos 13 juízes do mais alto tribunal do país.
Cerca de 55 milhões de pessoas eram elegíveis para votar em mais de 167 mil assembleias de voto.