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Cinco polícias mortos a tiro em manifestação nos EUA  

Cinco polícias norte-americanos morreram e sete ficaram feridos com tiros durante uma manifestação em Dallas na quinta-feira de protesto contra a violência policial sobre negros, confirmaram as autoridades locais, num novo balanço das vítimas.

08 de Julho de 2016 às 07:47
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O chefe da polícia de Dallas, David Brown, havia anteriormente avançado que pelo menos dez polícias tinham sido atingidos com tiros de dois 'snipers' e que três estavam mortos.

 

Segundo David Brown, pelo menos dois homens armados colocaram-se em locais "elevados" para atingir os polícias durante a manifestação, decorrendo buscas pelos suspeitos, que ameaçaram ainda fazer explodir uma bomba no centro de Dallas.

 

Num comunicado, a polícia de Dallas revela que um dos suspeitos se entregou às autoridades e que o segundo foi detido após uma troca de tiros com uma força policial.

 

Foi ainda encontrado um "pacote suspeito" perto do local onde foi detido o segundo suspeito e uma equipa anti-explosivos está no terreno.

 

Um homem envolvido num tiroteio com a polícia de Dallas advertiu hoje os negociadores que há "bombas em todo o lado" no centro da cidade, indicaram as autoridades norte-americanas.

 

"O suspeito com o qual estamos a negociar, que trocou disparos connosco ao longo dos últimos 45 minutos, disse aos nossos negociadores de que o fim estava próximo e que iria ferir e matar mais dos nossos, ou seja, os aplicadores da lei. E [disse que] há bombas em todo o lado, nesta garagem e no centro", afirmou o chefe da polícia, David Brown, aos jornalistas.

 

"Por isso, estamos a ser muito cuidadosos com as nossas estratégias", frisou.

 
Segundo uma televisão local, este suspeito morreu depois de passar mais de uma hora entrincheirado num estacionamento.

David Brown acrescentou que, para além dos onze polícias, há também um civil ferido.

 

As autoridades de aviação civil dos Estados Unidos decidiram restringir o espaço aéreo em torno da cidade de Dallas, no estado do Texas, devido ao tiroteio. "Nenhum piloto pode operar uma aeronave na zona abrangida" por essa interdição, refere um comunicado emitido para pilotos e companhias aéreas.

 

Milhares de pessoas manifestaram-se nas últimas horas nos EUA, em cidades como Nova Iorque, Los Angeles e Chicago, para protestar contra a violência policial sobre negros.

 

As manifestações surgiram após as mortes, registadas em vídeo, de dois homens afro-americanos às mãos da polícia. Philando Castile morreu na quarta-feira em Falcon Heights, no Estado de Minnesota, e Alton Sterling morreu na terça-feira, em Baton Rouge, no Estado de Luisiana.

 

Na quinta-feira, a ONU pediu aos Estados Unidos que investiguem estas mortes.

 

Por outro lado, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que todos os norte-americanos devem estar preocupados com a violência da polícia e que as forças de segurança devem ser reformadas.

 

"Isto não é só um assunto dos negros, nem dos hispânicos. Isto é um assunto dos norte-americanos, e todos nos devemos preocupar", disse Barack Obama, na quinta-feira, na sua chegada a Varsóvia, para participar na cimeira da NATO.

 

"Todas as pessoas justas devem estar preocupadas. É nossa responsabilidade dizer que conseguimos fazer melhor. Nós somos melhores do que isto", afirmou.

(número de vítimas actualizado para cinco)

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