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Marcha de domingo em Paris pode juntar quase um milhão de pessoas

A "marcha republicana" convocada para domingo em Paris deverá ser uma das maiores manifestações dos últimos anos na capital francesa, juntando quase todos os quadrantes políticos, intelectuais e religiosos do país, para além de numerosas personalidades e políticos internacionais.

Reuters
11 de Janeiro de 2015 às 00:19
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Os números começam a aparecer e já se estima que a marcha republicana convocada para este domingo, 11 de Janeiro, em Paris possa juntar cerca de um milhão de pessoas. O dispositivo de segurança foi reforçado, até porque são esperados vários chefes de Estado e de Governo.

 

Já este sábado foram cerca de 700 mil as pessoas que se manifestaram em toda a França em solidariedade com as vítimas do atentado ao jornal satírico Charlie Hebdo na quarta-feira, no qual morreram 12 pessoas. Morreram ainda mais cinco pessoas nas acções seguintes.

 

Entre os políticos que já confirmaram a sua presença para domingo estão o primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, e a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, os chefes do Governo de Espanha, Itália, Reino Unido, Turquia e Alemanha, e representantes governamentais da Rússia e do Egipto, país que mantém uma tensa relação diplomática com a França. 

 

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito, aliás, disse mesmo que só participaria na manifestação se não existissem cartazes com caricaturas do profeta Maomé, proibindo qualquer funcionário da embaixada daquele país de participar caso isso acontecesse.

 

Para as autoridades francesas, a presença de tantas pessoas e de tantas personalidades mediáticas e políticas justifica a tomada de medidas excecionais de segurança.

 

Também o presidente Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, participa na "marcha republicana", na qual estará também o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

 

Segundo os jornais franceses, pela primeira vez desde 1990, um presidente francês participará numa manifestação. François Hollande estará presente em Paris, na manifestação, num dia em que os transportes públicos na cidade serão gratuitos.

 

Para além da manutenção do mais alto estado de alerta na capital francesa, uma vez que a ameaça contra a França mantém-se, segundo o Governo, haverá mais 5.500 forças de segurança a patrulhar o evento, quer em uniforme, quer à paisana, de acordo com a AFP.

 

A marcha republicana fará o tradicional percurso entre a Praça da Nação e a Praça da República, perto da sede do jornal satírico Charlie Hebdo.

 

Desde quarta-feira, registaram-se três incidentes violentos na capital francesa, incluindo um sequestro, que, no total, fizeram 20 mortos e começaram com o ataque ao Charlie Hebdo.

 

Depois de dois dias em fuga, os dois suspeitos do ataque, os irmãos Said Kouachi e Cherif Kouachi, de 32 e 34 anos, foram mortos na sexta-feira na sequência do ataque de forças de elite francesas a uma gráfica, em Dammartin-en-Goële, nos arredores da cidade, onde se barricaram.

 

Na quinta-feira, foi morta uma agente da polícia municipal, a sul de Paris, tendo a polícia estabelecido "uma conexão" entre os dois jihadistas suspeitos do atentado ao Charlie Hebdo e o presumível assassino.

 

Na sexta-feira, ao fim da manhã, cinco pessoas foram mortas num supermercado kosher (judaico) do leste de Paris, numa tomada de reféns, incluindo o autor do sequestro, que foi morto durante a operação policial.

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