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52 horas depois do ataque ao Charlie Hebdo terminou a caça ao homem. Irmãos Kouachi foram abatidos pelas forças especiais

Os irmãos foram neutralizados pela polícia 52 horas depois do ataque ao Charlie Hebdo. O assalto teve início às 15h54 (hora de Lisboa). Pouco depois, na segunda crise de reféns, as forças especiais abateram o sequestrador de um supermercado. Assaltos foram lançados em simultâneo.

09 de Janeiro de 2015 às 13:14
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Os dois irmãos estavam barricados desde esta manhã numa gráfica a 50 quilómetros a Norte de Paris onde mantinham uma pessoa refém. O sequestro terminou após seis horas de cerco.

 

No local, na localidade de Dammartin-en-Goële, foram ouvidos vários tiros, houve várias explosões e saiu fumo da gráfica a partir das 15h54 de Lisboa.

 

No assalto, os Kouachi - Chérif e Said - foram abatidos pela polícia. Os suspeitos reagiram ao assalto das forças especiais da gendarmaria, as GIGN, e dispararam sobre a polícia. Em resposta, as forças especiais procederam à sua "neutralização imediata", disse fonte policial à France Presse.

 

Durante o sequestro, os irmãos mantiveram um refém consigo, Michel Catalano, o dono da gráfica. No edifício também estava outra pessoa, um trabalhador da gráfica, que conseguiu escapar aos irmãos e manteve-se escondido durante o sequestro. Usando o seu telemóvel, este trabalhador deu preciosas informações às autoridades para poderem intervir tacticamente.

 

Ambos os reféns estão vivos. Um polícia das forças especiais da GIGN, pertencente à gendarmerie, ficou ferido durante a operação táctica da polícia.

 

Os dois irmãos eram os principais suspeitos do ataque terrorista ao semanário satírico Charlie Hebdo, do qual resultaram 12 mortos e mais de uma dezenas de feridos. Estavam em fuga desde o dia do atentado, no dia 7 de Janeiro em Paris.

 

O canal televisivo francês BFMTV falou com Chérif Kouachi durante esta tarde. Este suspeito terá dito que estava a mando da al-Qaeda do Iémen.

 

Assalto a mercearia em Paris terminou

 

Uns minutos após as 16 horas, as forças especiais da Police Nationale, as Raid, iniciaram a sua intervenção táctica na segunda crise de reféns, agora no leste de Paris, na Porte de Vincennes.

 

Um homem estava barricado desde a manhã desta sexta-feira num supermercado kosher, bens alimentares judaicos. A operação terminou pelas 17 horas. 

 

O sequestrador Amédy Coulibaly - foi abatido pelas autoridades e vários reféns foram libertados. A France Presse avançou que foram resgatados 15 pessoas.

 

Desta crise de reféns resultaram quatro mortos, além do sequestrador, e quatro feridos, segundo fonte oficial. Dois polícias da Raid ficaram feridos.

 

Segundo o Le Monde, ainda não foi apurado se havia um segundo sequestrador na mercearia. Esta hipótese ainda está em aberto.

 

A polícia suspeita que Amédy Coulibaly, de 32 anos, pode ser o atirador de Montrouge, que matou ontem uma mulher polícia. As autoridades também procuram Hayat Boumeddienne, de 26 anos, por alegado envolvimento neste ataque.

 

A BFMTV avança que falou com Amédy Coulibaly pelas 14 horas de Lisboa, que terá dito que estava a actuar sob mando do Estado Islâmico.

 

A imprensa francesa avança que os dois assaltos em Dammartin-en-Goële e na Porte de Vincennes tiveram início em simultâneo, de forma a evitar qualquer execução de reféns ou a detonação de engenhos explosivos.

 

A onda de violência que varreu França nos últimos três dias, durou 52 horas e terminou com um saldo de 20 mortos e mais de 15 feridos.

 

Líderes mundiais vão estar este Domingo em Paris

 

De todo o mundo chegam reacções ao fim da caça ao homem, depois dos dois principais suspeitos terem sido abatidos. No domingo, 11 de Janeiro, vai ter lugar em Paris uma marcha para mostrar a indignação pelo ataque ao Charlie Hebdo.

 

François Hollande vai estar presente nesta marcha, assim como Nicolas Sarkozy, antigo Presidente da República e membro do UMP, o maior partido da oposição. Outros estadistas estão a confirmar a sua presença, incluindo Angela Merkel, David Cameron e Matteo Renzi.

 

Terceira crise de reféns no Sul de França

 

Entretanto, a BBC está a avançar que existe uma nova crise de reféns em França: duas pessoas estarão sequestradas numa ourivesaria na cidade de Montpellier, no sul de França na costa do Mediterrâneo.

 

Contudo, fonte oficial disse à France Presse que esta situação não está relacionada com o ataque ao Charlie Hebdo, tratando-se de um assalto.

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