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Marcelo: Aparecer novo candidato à ONU "seria estranho e é uma probabilidade baixa"

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou hoje que "seria estranho" e que "é uma probabilidade baixa" aparecer nesta fase do processo uma nova candidatura ao cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

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19 de Setembro de 2016 às 10:26
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"Eu devo dizer que, tendo estado numa reunião [do Grupo] de Arraiolos em Sófia, na Bulgária, onde estavam dez chefes de Estado, e até pelo local onde se realizava, mas por todas as razões, estou muito sereno e muito convencido de que essa probabilidade é uma probabilidade muito baixa. Seria estranho e é uma probabilidade baixa", declarou o chefe de Estado.

 

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas durante um voo de Lisboa para Nova Iorque, onde vai participar na Assembleia Geral das Nações Unidas, adiantou que aproveitará esta deslocação de quatro dias para "muitos contactos bilaterais que, em parte, têm a ver com o objectivo da candidatura do senhor engenheiro António Guterres".

 

O Presidente da República viajou em voo comercial, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e aterrou em Nova Iorque às 19:30 de domingo, hora local (00:30 de hoje em Lisboa).

 

A sua comitiva oficial nesta visita, que termina na quinta-feira, incluirá também o antigo Presidente da República Jorge Sampaio.

 

Esta 71.ª sessão da Assembleia Geral da ONU decorre a meio do processo de escolha do novo secretário-geral desta organização internacional, processo que deve ficar concluído dentro de um mês.

 

Questionado se acredita que entretanto ainda pode surgir uma nova candidatura, o Presidente da República disse subscrever "a posição expressa pelo senhor primeiro-ministro e pelo senhor ministro dos Negócios Estrangeiros" e manifestou-se crítico em relação a um cenário desses.

 

"Seria muito estranho que, depois de haver um processo aberto como nunca houve, audições, debates, depois de haver sucessivas votações, na vigésima quinta hora aparecesse uma candidatura que não foi a debates, não foi a audições, não se submeteu a nenhum voto e era adoptada no final", afirmou.

 

Contudo, Marcelo Rebelo de Sousa repetiu que há "grande serenidade" entre os apoiantes de António Guterres e elogiou a "grande consistência" da candidatura do antigo primeiro-ministro e ex-Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados.

 

"Comparando com processos anteriores nunca ninguém teve tantas vitórias com tanta distância em relação aos outros", referiu, concluindo: "Sem desprimor para os outros candidatos, de facto é uma candidatura excepcional. Logo, há uma grande serenidade".

 

Interrogado se não teme manobras de bastidores, por exemplo, de membros do Partido Popular Europeu (PPE), respondeu: "Não. Neste momento continuamos muito serenos".

 

O Presidente da República declarou que vai a Nova Iorque "combinado com o primeiro-ministro e com o ministro dos Negócios Estrangeiros, para revelar a unidade da política externa portuguesa" e falar de "grandes temáticas" como as alterações climáticas, os oceanos, a integração europeia e os refugiados.

 

No que respeita aos refugiados, salientou que vai estar acompanhado pelo antigo chefe de Estado Jorge Sampaio, que actualmente preside à Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios e foi Alto Representante das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações entre 2007 e 2013.

 

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, "a presença do Presidente Jorge Sampaio é fundamental", porque "tem uma autoridade especial" nesta matéria.

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