Numa reunião do Grupo de Contacto para a paz na Ucrânia que está reunido hoje na capital da Bielorrússia para preparar a cimeira negocial de quarta-feira, estão também a ser discutidos o estatuto das regiões separatistas de Donetsk e Lugansk e a realização de eleições locais nas zonas sob controlo dos rebeldes, noticiou a agência russa TASS, citando fontes que solicitaram o anonimato.

Na quarta-feira, reunir-se-ão em Minsk o Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, o Presidente russo, Vladimir Putin, o Presidente francês, François Hollande e a chanceler alemã, Angela Merkel, numa tentativa de alcançar um acordo de paz duradouro para Ucrânia, onde o conflito no leste do país entre forças de Kiev e os separatistas pró-russos dura há cerca de 10 meses e já fez mais de 5.000 mortos.

O acordo anunciado pela TASS surge depois de intensos combates na Ucrânia hoje, incluindo um ataque com 'rockets' ao quartel-general das Forças Armadas ucranianas no leste do país, que fizeram pelo menos 37 mortos, na véspera da cimeira de paz.

Enquanto os diplomatas se apressam a finalizar o acordo para pôr fim à guerra de dez meses, os separatistas pró-russos cercaram hoje a estação ferroviária central de Debaltseve e as forças ucranianas lançaram uma contra-ofensiva em torno do estratégico porto de Mariupol.

Kiev e o Ocidente acusam Moscovo de abastecer e treinar os separatistas, fortemente armados, mas a Rússia nega tais acusações.

Os rebeldes afirmam que as suas armas foram apreendidas às forças ucranianas, embora Kiev tenha apontado vários casos em que os separatistas usaram artilharia avançada que só existe nos arsenais russos.