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Guterres mostra "gratidão" e "humildade" com recomendação para líder da ONU

António Guterres escolheu duas palavras para "descrever aquilo que sinto: gratidão e humildade". O futuro secretário-geral da ONU frisou que ainda não é líder da organização, tendo pedido apoio a Ban Ki-moon até ao fim do seu mandato.

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06 de Outubro de 2016 às 17:15
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Foi com um curto discurso de três minutos, sem direito a perguntas dos jornalistas presentes no Palácio das Necessidades, em Lisboa, que António Guterres fez a primeira declaração pública enquanto candidato recomendado pelo Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas (ONU) para líder da organização. 

Para "descrever aquilo que sinto", o futuro secretário-geral da ONU escolheu duas palavras: "gratidão" e humildade". Desde logo "gratidão" relativamente "aos membros do CS pela confiança que em mim exprimiram" e "humildade" face aos "enormes desafios" que o esperam quando substituir, a partir de Janeiro próximo, o actual secretário-geral Ban Ki-moon. "Humildade" que Guterres também disse ser imprescindível para "servir os mais vulneráveis, as vítimas dos conflitos, do terrorismo, das violações dos direitos, da pobreza e das injustiças deste mundo"

Nesta intervenção que repetiu em quatro línguas (português, inglês, francês e espanhol), o ex-Alto Comissário da ONU para os Refugiados, fez questão de salientar o "processo exemplar de transparência e abertura" - em que foram realizadas seis votações informais, todas vencidas por Guterres - que levou a que esta quinta-feira, 6 de Outubro, o CS tenha formalmente indigitado, por aclamação dos 15 Estados-membros, o nome do português enquanto candidato oficial à liderança da organização sediada em Nova Iorque. 

"Foi com emoção que verifiquei que o CS pôde decidir em unidade, por consenso, de forma atempada", acrescentou Guterres antes de assumir que "gostaria de exprimir o sincero voto de que tal facto seja simbólico" de que isso se possa traduzir numa "capacidade acrescida do CS para, em unidade e em consenso, ter a possibilidade de tomar a tempo as decisões que o mundo conturbado em que vivemos exige".

O antigo primeiro-ministro português também agradeceu o contributo dado pelos "colegas candidatos" que com ele concorreram à chefia da ONU "pela inteligência, pela dedicação e cujo empenhamento muito contribuiu para o prestígio das Nações Unidas". Lembrando que neste momento está apenas "recomendado, mas não sou secretário-geral", António Guterres fez questão de recordar que as Nações Unidas têm um líder, "chama-se Ban Ki-moon". Como tal, Guterres apelou a "todos os Estados-membros [da ONU] para que colaborem activamente, que apoiem activamente Ban Ki-moon na sua acção, nas suas iniciativas no final do seu mandato, para que termine o seu mandato com o maior êxito".

Guterres, que surgiu ladeado do ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, não terminou a sua intervenção sem uma "palavra dirigida aos portugueses", com o futuro secretário-geral da ONU a salientar em particular o apoio dado pelo Presidente da República, Governo, partidos políticos, Assembleia da República, forças sociais, diplomatas portugueses", a quem deixou uma "palavra de profunda gratidão".

O que falta para Guterres ser oficialmente líder da ONU?


O que falta para Guterres ser consagrado secretário-geral da ONU?
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Esta quinta-feira o Conselho de Segurança indigitou o português como candidato à liderança da ONU através da votação formal. Depois de seis votações em que foi sempre o preferido, saiba o que falta ainda para Guterres ocupar o cargo.




(Notícia actualizada às 16:40)

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