Notícia
EUA têm na calha tarifas sobre todos os bens chineses em Dezembro
Atenção, China: segundo a Bloomberg, Donald Trump poderá avançar com tarifas sobre todos os bens chineses se as negociações do próximo mês falharem.
257 mil milhões de dólares. É este o valor que resta de bens chineses que ainda não são alvo de tarifas por parte dos Estados Unidos. Mas isso pode mudar já no início de Dezembro. Se as negociações do próximo mês entre os EUA e a China falharem, Donald Trump poderá dar o próximo e último passo da guerra comercial que iniciou este ano.
A notícia é avançada esta segunda-feira, 29 de Outubro, pela Bloomberg, que cita três fontes próximas do processo. Caso o anúncio seja feito no início de Dezembro, este poderá coincidir com o ano novo chinês, que acontece no início de Fevereiro, uma vez que são necessários 60 dias de consulta pública a partir da data da medida.
Actualmente estão em vigor tarifas sobre 50 mil milhões de dólares sobre bens chineses desde Julho e ainda mais 200 mil milhões de dólares desde Setembro. Nesta última tranche a taxa era de 10%, mas irá subir para 25% em Janeiro. No ano passado, os EUA importaram bens chineses avaliados em 505 mil milhões de dólares.
Este cenário de tarifas sobre a totalidade dos bens chineses está a ser estudado pela equipa do presidente norte-americano. Esta hipótese pode tornar-se realidade caso falhe o encontro entre Trump e Xi Jinping à margem da cimeira do G20 em Buenos Aires, a 30 de Novembro. Contudo, ainda não há decisões tomadas, avisam as mesmas fontes à agência de informação financeira.
Apesar de haver sectores empresariais norte-americanos a queixarem-se da subida dos custos por causa da guerra comercial, a Casa Branca parece determinada em aumentar a tensão do conflito comercial com a China caso não veja avanços práticos.
"Estamos no meio de uma disputa muito feia", disse Donald Trump no último sábado num evento nos Estados Unidos. "Mas vamos ganhar", garantiu o presidente norte-americano que dentro de dias irá ter o primeiro teste à sua presidência com as eleições intercalares para o congresso e o senado norte-americano. No início de Setembro, Trump já admitia a possibilidade de taxar todas as importações chinesas.
Há duas semanas, as autoridades chinesas voltaram a garantir que não vão subjugar-se aos EUA. "Esta nação inabalável sofreu ameaças de países estrangeiros várias vezes na História, mas nunca sucumbiu, nem nas condições mais difíceis", disse o ministro do Comércio chinês, Zhong Shan, citado pela Lusa, a 10 de Outubro.
As autoridades chinesas têm prometido uma retaliação à medida das tarifas que os EUA imponham. No entanto, as empresas norte-americanas exportam consideravelmente menos para a China, o que diminui os instrumentos à disposição de Pequim para responder. A retaliação chinesa às tarifas sobre 200 mil milhões mostrou isso mesmo ao ficar-se pelos 60 mil milhões de dólares de bens norte-americanos.
Apesar do alargamento das tarifas a mais bens chineses, os EUA continuam longe de atingir o seu objectivo. Mais: esse objectivo está a ficar cada vez mais longínquo. Segundo os dados até Setembro, o excedente comercial da China perante os Estados Unidos bateu um novo recorde fixando-se nos 34,1 mil milhões de dólares.
O conflito trava-se não só com a China, mas também com outros países, incluindo os da União Europeia. Esta segunda-feira, de acordo com a CNBC, o Canadá, o México e a União Europeia queixaram-se das tarifas norte-americanas ao aço e alumínio num encontro em Genebra da Organização Mundial do Comércio (OMC). Uma queixa mais alargada foi feita pela China. Segundo os especialistas, é raro a OMC ter tantos assuntos em cima da mesa de uma só vez.
A notícia é avançada esta segunda-feira, 29 de Outubro, pela Bloomberg, que cita três fontes próximas do processo. Caso o anúncio seja feito no início de Dezembro, este poderá coincidir com o ano novo chinês, que acontece no início de Fevereiro, uma vez que são necessários 60 dias de consulta pública a partir da data da medida.
Este cenário de tarifas sobre a totalidade dos bens chineses está a ser estudado pela equipa do presidente norte-americano. Esta hipótese pode tornar-se realidade caso falhe o encontro entre Trump e Xi Jinping à margem da cimeira do G20 em Buenos Aires, a 30 de Novembro. Contudo, ainda não há decisões tomadas, avisam as mesmas fontes à agência de informação financeira.
Apesar de haver sectores empresariais norte-americanos a queixarem-se da subida dos custos por causa da guerra comercial, a Casa Branca parece determinada em aumentar a tensão do conflito comercial com a China caso não veja avanços práticos.
"Estamos no meio de uma disputa muito feia", disse Donald Trump no último sábado num evento nos Estados Unidos. "Mas vamos ganhar", garantiu o presidente norte-americano que dentro de dias irá ter o primeiro teste à sua presidência com as eleições intercalares para o congresso e o senado norte-americano. No início de Setembro, Trump já admitia a possibilidade de taxar todas as importações chinesas.
Há duas semanas, as autoridades chinesas voltaram a garantir que não vão subjugar-se aos EUA. "Esta nação inabalável sofreu ameaças de países estrangeiros várias vezes na História, mas nunca sucumbiu, nem nas condições mais difíceis", disse o ministro do Comércio chinês, Zhong Shan, citado pela Lusa, a 10 de Outubro.
As autoridades chinesas têm prometido uma retaliação à medida das tarifas que os EUA imponham. No entanto, as empresas norte-americanas exportam consideravelmente menos para a China, o que diminui os instrumentos à disposição de Pequim para responder. A retaliação chinesa às tarifas sobre 200 mil milhões mostrou isso mesmo ao ficar-se pelos 60 mil milhões de dólares de bens norte-americanos.
Apesar do alargamento das tarifas a mais bens chineses, os EUA continuam longe de atingir o seu objectivo. Mais: esse objectivo está a ficar cada vez mais longínquo. Segundo os dados até Setembro, o excedente comercial da China perante os Estados Unidos bateu um novo recorde fixando-se nos 34,1 mil milhões de dólares.
O conflito trava-se não só com a China, mas também com outros países, incluindo os da União Europeia. Esta segunda-feira, de acordo com a CNBC, o Canadá, o México e a União Europeia queixaram-se das tarifas norte-americanas ao aço e alumínio num encontro em Genebra da Organização Mundial do Comércio (OMC). Uma queixa mais alargada foi feita pela China. Segundo os especialistas, é raro a OMC ter tantos assuntos em cima da mesa de uma só vez.