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China estuda desvalorização do yuan como arma na guerra comercial

A China está a analisar os potenciais impactos do uso da desvalorização da moeda como arma na guerra comercial contra os EUA, apesar de o governo querer evitar esse cenário.

A quinta posição é ocupada pelo secretário-geral do Partido Comunista Chinês, Xi Jinping. Segundo a Forbes o líder chinês “lutou mais do que os seus antecessores contra a corrupção e a favor de maiores alianças na área económica e na área da segurança”.
Bloomberg
09 de Abril de 2018 às 10:40
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A China está a avaliar o potencial impacto de uma desvalorização do yuan, numa altura em que o governo equaciona todas as suas possibilidades no contexto de uma disputa comercial com a maior economia do mundo, avança a Bloomberg.

 

De acordo com a agência noticiosa, a análise debruça-se sobre os efeitos de usar a moeda com arma nas negociações com os Estados Unidos e as consequências de uma decisão de depreciar o yuan para anular o impacto de qualquer disputa que penalize as exportações.

 

As fontes citadas pela Bloomberg destacam, contudo, que a análise sobre os potenciais impactos não significa necessariamente que o governo tenha intenção de dar seguimento a esta ideia.

 

Ainda que Donald Trump venha acusando a China de manter a sua moeda artificialmente baixa, o yuan apreciou quase 9% contra o dólar desde que tomou posse, impulsionada pela estabilização do crescimento da China e pela diminuição das saídas de capital e dos receios em torno de uma crise de crédito.

 

No passado dia 27 de Março, o yuan atingiu o valor mais alto desde Agosto de 2015 face ao dólar, e desde então manteve-se estável, apesar das ameaças de uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

 

A Bloomberg sublinha que, apesar de um yuan mais fraco poder ajudar o presidente Xi Jinping a reforçar as indústrias exportadoras num cenário de aumento das tarifas, essa decisão não estaria isenta de riscos. Em primeiro lugar, tornaria mais difícil para as empresas chinesas cumprirem o pagamento das suas dívidas no exterior, ao mesmo tempo que minaria os esforços do governo para alcançar um sistema de taxa de câmbio mais orientado para o mercado.

 

A desvalorização do yuan também exporia a China ao risco de volatilidade nos mercados financeiros locais, algo que as autoridades têm trabalhado para travar nos últimos anos.

 

China quer evitar guerra comercial

 

Apesar de estar a preparar-se para um eventual cenário de guerra comercial com os Estados Unidos, a China tenciona evitá-lo.

 

Num comunicado emitido esta segunda-feira, 9 de Abril, o primeiro-ministro chinês Li Keqiang afirma que uma guerra comercial de unilateralismo não só prejudicará os interesses bilaterais, como também os interesses comuns do mundo.

 

Também o ministro-adjunto do comércio Qian Keming sublinhou esta segunda-feira que a China não está disposta a travar uma guerra comercial, mas também não tem medo dela, caso aconteça.

 

Recorde-se que a China respondeu à letra às novas tarifas impostas pelos EUA sobre produtos chineses no valor de 50 mil milhões de dólares com novas taxas sobre bens norte-americanos no mesmo montante.

 

Contudo, no final da semana da semana passada, Donald Trump sugeriu que os Estados Unidos poderão ir mais longe e anunciar ainda mais tarifas, desta vez sobre produtos chineses no valor de 100 mil milhões de dólares.  

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