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Chairman do JPMorgan diz que guerra comercial “é a maior ameaça à economia mundial”

O presidente do conselho de administração do JPMorgan Chase International, Jacob Frenkel, acredita que uma guerra comercial entre os EUA e a China pode constituir a “maior ameaça à economia global”.

EPA
06 de Abril de 2018 às 15:36
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O chairman do JPMorgan Chase International, Jacob Frenkel, admite que a possível guerra comercial entre os EUA e a China pode ser "a maior ameaça à economia mundial".

"Ainda não é uma guerra comercial" disse Frenkel esta sexta-feira, 6 de Abril, citado pela CNBC. "Devemos evitá-la a todo custo", acrescentou. 

Os comentários de Frenkel surgem num momento em que as duas maiores potências do mundo estão envolvidas numa disputa que pode gerar uma possível guerra comercial. Um conflito que teve início quando o presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu, no passado mês de Março, impor tarifas alfandegárias acrescidas sobre as importações de aço e alumínio, mas isentando os principais mercados de importação dos EUA e mantendo a medida para a China. Além disso, disse que agravaria as taxas aduaneiras à entrada de produtos chineses num valor que poderia ir até 60 mil milhões de dólares.

O governo chinês prometeu resposta a esta medida, aplicando tarifas adicionais à importação de um conjunto de produtos norte-americanos – como fruta, nozes, carne de porco e vinho - mas foi mais branda no impacto, já se apenas incidiria sobre o equivalente a três mil milhões de dólares de importações.

Perante isto, Donald Trump apresentou esta semana uma lista de 1.300 bens chineses que passarão a estar sujeitos a tarifas adicionais de 25% e que abrangem 50 mil milhões de dólares em importações. Menos de 11 horas depois, a China respondeu com uma lista de 106 produtos com um valor estimado idêntico ao da lista dos Estados Unidos, ou seja, cerca de 50 mil milhões de dólares - entre os quais se incluem a soja, automóveis, aviões e produtos químicos.

Nesta possível guerra comercial entre os EUA e a China muita tinta tem corrido. No último capítulo desta disputa, Donald Trump pondera impor mais tarifas sobre os produtos chineses, no valor de 100 mil milhões de dólares, o dobro do valor inicial.

"Num mundo que é tão interdependente, tão interconectado, não é permitido que disparem uns contra os outros", disse Jacob Frenkel, esta sexta-feira. "Um mundo onde as regras do jogo são 'olho por olho' é um mundo onde há muitas pessoas cegas", acrescentou o "chairman" do JP Morgan, citado pela CNBC.

Frenkel acredita que os chineses estão dispostos a negociar com os EUA: "os chineses são muito racionais", afirmou. "Mas qualquer negociação tem de ser respeitosa ... Não disparando, apenas conversando", acrescentou.

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