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Venezuela reduz semana de trabalho a dois dias para poupar energia

Durante pelo menos duas semanas, os funcionários públicos da Venezuela só vão trabalhar às segundas e terças para poupar luz e água. Com o mesmo objectivo, o fuso horário do país muda já este domingo.

27 de Abril de 2016 às 10:14
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O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, reduziu novamente a semana de trabalho dos funcionários públicos para poupar energia eléctrica. Depois de ter decretado a paralisação dos serviços do Estado às sextas-feiras, Maduro acrescentou agora as quartas e quintas-feiras como dias não laboráveis.

Assim, durante pelo menos duas semanas, os funcionários públicos da Venezuela vão trabalhar apenas dois dias por semana – às segundas e terças – numa tentativa de reduzir o consumo de electricidade e água no país, afectado por uma seca provocada pelo fenómeno meteorológico "El Niño".

"O sector público vai trabalhar às segundas e terças, enquanto atravessamos estas semanas críticas em que estamos a fazer tudo para salvar El Guri", afirmou Maduro no seu programa semanal transmitido na televisão pública, referindo-se à principal barragem do país, onde o nível da água tem descido de forma alarmante.

Segundo o presidente, as medidas que têm sido implementadas para poupar energia já reduziram a descida diária do nível da água de El Guri de 22 para 10 centímetros.

A Venezuela já pediu ajuda internacional de emergência às Nações Unidas para a construção de obras públicas, com o objectivo de ajudar o país a sair de "uma situação extrema", informou Maduro, que apela à "paz social" durante a crise de energia.  

Esta segunda-feira também foram implementados apagões programados de quatro horas diárias na maioria das cidades.

O nível da água na barragem de El Guri atingiu, no início desta semana, um mínimo histórico de 241,67 metros. Se os níveis descerem abaixo dos 240 metros, o operador da barragem poderá ser forçado a encerrar unidades na central que produz cerca de 75% da electricidade consumida em Caracas, a maior cidade do país.

No passado dia 15 de Abril, o presidente Maduro anunciou que vai mudar, em Maio, o fuso horário legal, para contribuir para a poupança de energia eléctrica. Os relógios avançam meia hora já no dia 1 do próximo mês.

Este é o mais recente golpe para uma economia que o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que irá contrair 8% este ano, depois de ter encolhido 5,7% em 2015. 

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