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Funcionários da Venezuela vão deixar de trabalhar à sexta-feira para poupar luz e água
Durante dois meses, os funcionários públicos da Venezuela vão deixar de trabalhar à sexta-feira. Maduro justifica a decisão com a necessidade de reduzir o consumo de electricidade e gás.
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Os funcionários públicos da Venezuela não vão trabalhar às sextas-feiras durante dois meses para reduzir o consumo de eletricidade e água no país, afectado por uma seca provocada pelo fenómeno meteorológico "El Niño", anunciou o Presidente Nicolás Maduro.
"Amanhã [hoje] deve sair na Gazeta Oficial, o decreto especial estabelecendo todos os dias de sexta-feira, como dias não laboráveis a partir de sexta-feira desta mesma semana, durante Abril e Maio", disse Maduro, na quarta-feira à noite, durante um programa na televisão pública venezuelana.
"Peço a máxima colaboração de todo o país. Faço um apelo ao país para que assuma este plano de 60 dias, para poder superar o momento mais difícil, de maior risco", disse.
Segundo Nicolás Maduro, a barragem de El Guri, que garante 63% da energia elétrica do país, deve funcionar com um nível de água entre os 260 e 271 metros, mas esta quarta-feira chegou aos 243 metros, aproximando-se do "extremo de 240 metros".
A 12 de março, o Presidente da Venezuela ordenou a suspensão do trabalho, durante oito dias, para reduzir o consumo de eletricidade e água.
"Tomei a decisão e declarar toda a Semana Santa, desde o sábado, 19 de março, até ao domingo de ressurreição, 27 de março, como dias feriados não laboráveis para todos os trabalhadores públicos do país e para toda a educação nacional, para todos os estudantes de liceus e universidades", disse no final de uma marcha de apoio ao seu regime, em Caracas.