Notícia
Obama recomenda eleição de Governo "legítimo" na Venezuela
O Presidente norte-americano diz-se preocupado com a economia de Caracas que, se fracassar, "poderá ter um impacto [negativo] nas economias da Colômbia, da América Central, ou do México", afectando a norte-americana".
15 de Março de 2016 às 07:24
O Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, manifestou-se, na segunda-feira, preocupado como a crise económica na Venezuela e recomendou a eleição, o quanto antes, de um Governo "legítimo".
"Francamente, estamos preocupados com o estado da economia [da Venezuela]", disse.
Barack Obama falava numa entrevista concedida ao canal de televisão "CNN em espanhol", durante a qual vincou que "os Estados Unidos não têm nenhum interesse em ver a Venezuela fracassar" e que as economias dos países do continente americano estão todas "interligadas".
"Se a Venezuela fracassar isso poderá ter um impacto [negativo] nas economias da Colômbia, da América Central, ou do México e isso, por sua vez, poderá afectar a economia norte-americana", disse.
O Presidente norte-americano frisou ainda que os Estados Unidos querem "que o povo venezuelano tenha sucesso", precisando, no entanto, que será "mais difícil" se os venezuelanos "não solucionarem alguns dos problemas de governabilidade que os afectam há bastante tempo".
"Assim que o povo venezuelano puder eleger um Governo em que confie, que seja legítimo e que possa começar a implementar políticas económicas que o tirem da espiral em que se encontra, melhor será para todos nós", frisou.
Durante a entrevista, Barack Obama defendeu ainda a recente decisão dos Estados Unidos de prolongar, por um ano, o decreto com sanções a funcionários do Governo de Caracas.
"Quando implementámos essas sanções, no ano passado, foi devido à nossa grande preocupação de que a Venezuela não estava a respeitar as práticas democráticas básicas, o que não só era prejudicial para a Venezuela como estava a desestabilizar a situação de modo a que poderia afectar países vizinhos", disse.
Durante a entrevista à "CNN em espanhol" o Presidente dos Estados Unidos frisou ainda que "o que acontecer na Venezuela terá de ser decidido pelo povo venezuelano".
A 04 de Março, Barack Obama prolongou por mais um ano um decreto que declara uma situação de "emergência nacional" devido ao "extraordinário risco" que representa a situação na Venezuela para a segurança norte-americana.
Obama justificou a medida numa carta enviada aos líderes da Câmara de Representantes e do Senado onde argumenta que a situação na Venezuela "não melhorou", sendo portanto necessário "manter a emergência nacional, declarada na ordem executiva 13692, com respeito à situação na Venezuela".
Segundo os Estados Unidos, continuam a registar-se situações de "perseguição de opositores políticos, limitações à liberdade de imprensa, uso de violência e violações dos direitos humanos em resposta a protestos antigovernamentais".
Horas depois do anúncio, a Venezuela condenou a decisão do Presidente Barack Obama e anunciou uma "revisão integral" das relações com os Estados Unidos.
A 08 de Março de 2015, Barack Obama ordenou a aplicação de sanções a sete altos responsáveis venezuelanos, atuais e antigos, acusados de violação dos direitos humanos.
Entre os visados está o director-geral dos serviços secretos e o director da polícia nacional.
As sanções incluem a proibição de entrada nos Estados Unidos e congelamento de bens.
"Francamente, estamos preocupados com o estado da economia [da Venezuela]", disse.
"Se a Venezuela fracassar isso poderá ter um impacto [negativo] nas economias da Colômbia, da América Central, ou do México e isso, por sua vez, poderá afectar a economia norte-americana", disse.
O Presidente norte-americano frisou ainda que os Estados Unidos querem "que o povo venezuelano tenha sucesso", precisando, no entanto, que será "mais difícil" se os venezuelanos "não solucionarem alguns dos problemas de governabilidade que os afectam há bastante tempo".
"Assim que o povo venezuelano puder eleger um Governo em que confie, que seja legítimo e que possa começar a implementar políticas económicas que o tirem da espiral em que se encontra, melhor será para todos nós", frisou.
Durante a entrevista, Barack Obama defendeu ainda a recente decisão dos Estados Unidos de prolongar, por um ano, o decreto com sanções a funcionários do Governo de Caracas.
"Quando implementámos essas sanções, no ano passado, foi devido à nossa grande preocupação de que a Venezuela não estava a respeitar as práticas democráticas básicas, o que não só era prejudicial para a Venezuela como estava a desestabilizar a situação de modo a que poderia afectar países vizinhos", disse.
Durante a entrevista à "CNN em espanhol" o Presidente dos Estados Unidos frisou ainda que "o que acontecer na Venezuela terá de ser decidido pelo povo venezuelano".
A 04 de Março, Barack Obama prolongou por mais um ano um decreto que declara uma situação de "emergência nacional" devido ao "extraordinário risco" que representa a situação na Venezuela para a segurança norte-americana.
Obama justificou a medida numa carta enviada aos líderes da Câmara de Representantes e do Senado onde argumenta que a situação na Venezuela "não melhorou", sendo portanto necessário "manter a emergência nacional, declarada na ordem executiva 13692, com respeito à situação na Venezuela".
Segundo os Estados Unidos, continuam a registar-se situações de "perseguição de opositores políticos, limitações à liberdade de imprensa, uso de violência e violações dos direitos humanos em resposta a protestos antigovernamentais".
Horas depois do anúncio, a Venezuela condenou a decisão do Presidente Barack Obama e anunciou uma "revisão integral" das relações com os Estados Unidos.
A 08 de Março de 2015, Barack Obama ordenou a aplicação de sanções a sete altos responsáveis venezuelanos, atuais e antigos, acusados de violação dos direitos humanos.
Entre os visados está o director-geral dos serviços secretos e o director da polícia nacional.
As sanções incluem a proibição de entrada nos Estados Unidos e congelamento de bens.