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Trump deixa cair Bannon do Conselho de Segurança Nacional

Dois meses e meio após ter tomado posse, o presidente norte-americano já deixou cair dois pesos pesados. Bannon mantém-se como conselheiro principal, mas sai do Conselho de Segurança Nacional.

Reuters
05 de Abril de 2017 às 17:22
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Donald Trump tornou pública nesta quarta-feira, 5 de Abril, uma reorganização do Conselho de Segurança Nacional, retirando Steven Bannon (na foto), o seu principal conselheiro político e estratega da campanha presidencial, do órgão máximo de aconselhamento do presidente dos Estados Unidos em matéria de política externa e de segurança nacional. A informação está a ser avançada pelas agências internacionais.

A nomeação de Bannon suscitou severas críticas, em particular de membros do Congresso, segundo os quais não fazia qualquer sentido atribuir um lugar permanente no Conselho de Segurança Nacional a um político, chefe de estratégia da Casa Branca – e no caso, também antigo responsável noticioso de direita radical, Breitbart News.

Esta é a segunda mexida relevante em pouco mais de dois meses e meio de administração Trump. Em 13 de Fevereiro, o assessor para a Segurança Nacional dos EUA, Michael Flynn, foi forçado a renunciar ao cargo após informações de que teria enganado o vice-presidente, Mike Pence, e outros funcionários sobre os seus contactos com a Rússia. 

Na carta da demissão, Flynn disse que teve várias conversas telefónicas com Sergey Kislyak, embaixador da Rússia nos Estados Unidos, durante o período de transição, antes da tomada de posse da Administração Trump, e que forneceu "informação incompleta" sobre essas conversas ao vice-presidente. Na semana passada, deu indicações de estar disposto a falar, no âmbito dos inquéritos do FBI e do Congresso às suspeitas de ligações entre elementos da equipa de Donald Trump e do regime russo, mas a troco de que lhe seja concedida imunidade.

Escreve a Reuters, citando um alto funcionário da Casa Branca, que a presença de Bannon no Conselho de Segurança Nacional não era mais necessária após a saída de Flynn. De acordo com este responsável, que falou sob anonimato, Bannon tinha sido colocado no Conselho para controlar Flynn e só tinha assistido a uma das suas reuniões regulares – segundo a Bloomberg, não chegou a ir a nenhuma.

Com a saída de Bannon, Dan Coats, responsável pelas agências de serviços de informações, e Joseph Dunford, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, regressam agora a uma "posição permanente" no Conselho de Segurança Nacional, organização administrativa directamente subordinada ao presidente dos Estados Unidos, precisa a agência norte-americana.

Já a CNN refere que Steve Bannon, considerado o mais influente conselheiro de Donald Trump, deixa de ser membro permanente mas poderá comparecer às reuniões do Conselho de Segurança Nacional quando a sua "expertise" for necessária.


(Notícia actualizada às18h15)
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