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Lula começa a trabalhar como "ministro informal"
O ex-presidente vai tentar evitar queda do governo de Dilma enquanto a sua defesa avançou com "habeas corpus" para evitar que a investigação seja devolvida ao juiz Sérgio Moro.
Lula da Silva vai iniciar esta segunda-feira, 21 de Março, o trabalho de articulação política no governo brasileiro, embora esteja impedido de assumir formalmente o cargo de ministro, relata o jornal Folha de São Paulo.
O ex-presidente brasileiro, que na semana passada chegou a tomar posse como ministro da Casa Civil, vai estar em Brasília para liderar a estratégia política e tentar evitar a ruptura do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) com o governo federal. A decisão do partido sobre uma eventual saída do Executivo será tomada a 29 de Março.
A Folha cita um adjunto no Palácio do Planalto a afirmar que a situação de crise política que atravessa o governo liderado por Dilma Rousseff não permite "perder tempo" à espera de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre se Lula pode ou não assumir o cargo de ministro.
A nomeação do ex-presidente foi novamente suspensa depois da decisão tomada na sexta-feira, 18 de Março, por Gilmar Mendes, magistrado do STF, com o argumento de que foi apontado por Dilma para tirar as investigações das mãos de Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância.
Gilmar Mendes determinou que a investigação a Lula seja mantida com o famoso juiz do Paraná e esse é precisamente o argumento dos advogados de defesa de Lula no pedido de "habeas corpus" apresentado no Supremo Tribunal Federal, em conjunto com seis juristas: como terá ido além do que pediram as acções, pedem expressamente a anulação desse trecho da decisão.