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Clinton vs. Trump II: sondagens dão a vitória à democrata

O regresso da gravação indiscreta. Se o primeiro debate entre Hillary Clinton e Donald Trump era um mistério, o segundo frente-a-frente foi um debate bastante duro e agressivo, que durou 1h30. Veja aqui como foi o minuto-a-minuto.

Nuno Aguiar naguiar@negocios.pt 09 de Outubro de 2016 às 23:03
A gravação que tramou Donald Trump
Se ainda não percebeu toda a excitação em torno das declarações de Donald Trump, veja aqui aquilo que o candidato republicano disse em 2005 sobre as mulheres:


Quanto é que Trump perdeu desde o primeiro debate?
Quanto é que Trump perdeu desde o primeiro debate?
Mal terminou o primeiro frente-a-frente entre Clinton e Trump ficou bastante claro que a democrata foi a vencedora. Algo que ficou cristalizado na sondagem da CNN logo a seguir ao debate (62% para Clinton, 27% para Trump). Antes do embate, Clinton tinha uma vantagem de 1,4 pontos percentuais face a Trump, na média das sondagens do FiveThirtyEight. Nesta altura, o site de Nate Silver coloca-a quase cinco pontos à frente do milionário. 

Actualmente, olhando apenas para as sondagens, o FiveThirtyEight dá 81,3% de hipóteses de Clinton vencer a eleição. Eram 55% antes do primeiro debate. 

O Upshot, do NYT, está mais pessimista sobre as hipóteses de Trump e coloca a probabilidade de uma vitória dos democratas nos 83%. Era 70% há duas semanas. 

O site Real Clear Politics diz que Clinton está à frente por 4,6 pontos percentuais. Era 2,3 antes do último frente-a-frente.

O Pollster, do Huffington Post, coloca a vantagem de Clinton nos 6,1 pontos, acima dos 3,5 pontos de 26 de Setembro. 




"Por que é que isto só está a ter impacto agora?"
Nas últimas horas, muitos se têm questionado sobre a relevância que está a ser dada a comentários de Trump, quando o candidato republicano já assumiu posições tão controversas quanto esta. Brian Stelter, da CNN, explica a importância e o impacto de ter um som em bruto tão honesto. Tenha especial atenção à reacção da plateia quando a moderadora questionada Trump:


E o escândalo de Hillary Clinton?
E o escândalo de Hillary Clinton?
Clinton bem que pode agradecer por esta gravação de Trump, porque nas últimas horas surgiram revelações que também não a ajudam a criar uma imagem de transparência e honestidade para o eleitorado. O Wikileaks divulgou discursos da democrata para um público de Wall Street, entre os quais uma intervenção no Goldman Sachs, em 2013. A democrata ainda não confirmou a veracidade destes excerptos, cuja origem parece ser a conta de email do seu advogado, John Podesta. 

Uma das frases que a vai colocar em apuros - e provavelmente aparecer na campanha republicana - coincide com uma das principais críticas de Trump: falta de transparência. Quando se refere a negociações complicadas, Clinton diz que é necessário "uma posição pública e privada".


Além disso, para uma candidata que promete ser dura com os grandes bancos e pretende conquistar os votos de Bernie Sanders, pode ser estranho lê-la dizer que tem "grandes relações" com a comunidade de Wall Street e que tem "um grande respeito pelo trabalho que fazem e pelas pessoas que o fazem". Para quem se quer distanciar de um milionário - Trump - esse objectivo não é ajudado quando ela reconhece que, embora tenha crescido na classe média, hoje "está obviamente afastada" devido ao dinheiro que ela e o marido acumularam. Ainda assim, Clinton reconhece nessa intervenção que "não esqueceu" esse seu passado. 

Outra frase que será usada pelos republicanos para a atacar está relacionada com o sistema de saúde norte-americano, quando a democrata elogia os sistemas de saúde universais da Escandinávia e Canadá, por "diminuírem os gastos". Mais: a candidata adianta que um objectivo seu é analisar a reforma do sistema de saúde de Barack Obama e seguir no sentido de um sistema de saúde de cobertura universal "como têm aqui no Canadá".

Contudo, talvez a frase mais comprometedora para o eleitorado americano envolve Clinton a falar de "fronteiras abertas" no hemisfério norte. "O meu sonho é um mercado comum hemisférico, com comércio livre e fronteiras abertas", terá dito. Uma frase que deverá servir de linha de ataque para os republicanos, uma vez que é já uma crítica recorrente do GOP.
Faltava algum Hoobastank a esta eleição
Fãs de Hoobastank, esta eleição agora diz-vos respeito.

Estratégia de Trump para hoje? Atacar um Clinton, o Bill
Já tinha ficado claro no último debate que Donald Trump iria trazer ao debate as infidelidades (e eventualmente outros crimes) cometidas por Bill Clinton no passado. Isso parece ser agora garantido. O último tweet de Trump é um entrevista do site ultra-conservador Breitbart com alegadas vítimas do ex-Presidente dos EUA. 

Eu ainda sou do tempo que Trump elogiava Clinton
"Eu ainda sou do tempo que Donald Trump elogiava Clinton pela forma como lidou com os escândalos do marido." Sabendo que a linha de ataque de Trump serão as infidelidades do ex-Presidente dos EUA, a CNN (e talvez a máquina de propaganda de Clinton) descobriu uma entrevista de Donald Trump, em que este elogia a forma como Hillary lidou com esses casos. 

"Acho que atravessou um período terrível", disse Trump. "Acho que ela passou por mais do que qualquer mulher deveria ter de suportar - tudo em público. Quer dizer, mulheres que lidam com isto na sua privacidade não conseguem aguentar e ela está na capa de todos os jornais todas as semanas com aquilo que aconteceu em Washington."

A banda sonora para este pré-debate
1/3 dos senadores republicanos não apoia Donald Trump
Não é propriamente uma novidade de a candidatura de Trump não era a preferida do aparelho ("establishment") republicano, mas o GOP tentou passar uma imagem de união depois da nomeação do milionário. A "gravação" parece ter deitado isso a perder. Quase um em cada três (!) senadores republicanos não apoia Trump nesta eleição. 

O NYT tem também uma lista actualizada de destacados republicanos que não apoiam o candidato do seu partido. São mais de 160. Não é só uma lista, mas também uma cronologia, ligando as declarações de Trump à decisão de não o apoiar.

Trump não precisou deles para ganhar as primárias do Partido Republicano. Qual é a reacção dele a esta fuga de apoios?


A base republicana não quer que Trump desista
Esta é a encruzilhada do GOP. Mesmo que muitos odeiem Donald Trump - não apenas pelo feitio, ele tem propostas afastadas da matriz ideológica do partido - Trump ajudou a tornar a base republicana sua. Trouxe-lhe novas pessoas e deu-lhe mais energia.

Segundo uma sondagem do Politico feita depois do escândalo da gravação, apenas 12% dos republicanos (e 13% das mulheres republicanas) querem que Trump desista da eleição. As percentagens são mais ou menos as mesmas quando lhes é perguntado se o Partido Republicano o deve continuar a apoiar. Apenas 13% diz que deve deixar de o apoiar.

Mesmo que Trump perca a 8 de Novembro, estes eleitores - fiéis a este estilo e estas políticas - não vão desaparecer em quatro anos. 
Os americanos querem saber de escândalos sexuais?
O caso de Donald Trump e Bill Clinton são muito diferentes, por imensos motivos que não há tempo para explicar num minuto-a-minuto. Mas... eles coincidem no facto de serem sobre comportamentos sexuais privados. A Pew Research lembra hoje como mesmo os americanos que acharam o caso de Bill Clinton com Monica Lewinsky "muito errado" (cerca de 70%) queriam que ele continuasse Presidente: mais de dois em cada três dos que classificaram o caso como "muito errado" queria que ele continuasse na Casa Branca.


Em 1998, dois terços das mulheres admiravam Hillary pela forma como lidou com adultério
Se é por aqui que Trump vai, é um caminho perigoso. Usar as infidelidades de Bill Clinton contra Hillary pode não cair bem junto do eleitorado feminino (que já lhe está a fugir), pelo menos se tivermos em conta aquilo que as mulheres norte-americanas responderam em 1998 a um inquérito da Pew: 66% disseram que a admiravam pela forma como lidou com o caso. Apenas 20% dizia que ela agiu mal. 

No entanto, é importante referir que, desde essa altura, a imagem de Clinton tornou-se mais negativa. Hoje, a democrata é bastante impopular. 

Parece haver mais (e piores?) gravações de Donald Trump
É difícil medir o buraco em Trump parece estar neste momento. Depois da gravação em que aparece a dizer que beija e apalpa mulheres sem o seu consentimento, produtores do seu antigo programa "The Apprentice" dizem que há pior. 


Quão maus podem ser estes comentários? Bom, outra produtora - que não trabalhou no "The Apprentice" - diz que este tipo de fugas de gravações pode levar a multas de 5 milhões de dólares. A mesma Nee, vencedora de um Emmy e Peadbody, diz que este "far worse" é Trump a usar a "palavra N". Esta "palavra N" é nigga ou negro. Termos muito ofensivos no contexto americano e praticamente banidos dos media.


A máquina Clinton está obviamente atenta. Num email enviado ao site Buzzfeed, o líder de uma SuperPAC que apoia a democrata diz: "Se 5 milhões de dólares de multa de fuga de informação é aquilo que nos separada da verdadeira e total implosão de Trump, podem contar comigo."

Quantos jornalistas cabem aqui?
Quantos jornalistas cabem aqui?
É aqui que vão estar os jornalistas que cobrem o debate desta noite.
Donald Trump organiza conferência de imprensa com alegadas vítimas de Bill Clinton
Veja como Donald Trump diz que se está a preparar para o debate. Isto aconteceu mesmo. A uma hora e meia do debate...


Alegadas vítimas de Bill Clinton estarão na audiência do debate
Não é muito fácil comentar aquilo que acabou de acontecer, até porque é relativamente inédito, mas já sabemos que Donald Trump pretende que as mulheres com quem organizou a conferência de imprensa - e que dizem ter sido vítimas de avanços e violações de Bill Clinton - estejam entre o público do debate desta noite. Os nomes delas são: Paula Jones, Juanita Broaddrick, Kathleen Willey e Kathy Shelton.

Para quem acha que isto parece o programa do Jerry Spring, ele concorda


Para aligeirar o ambiente...
O vídeo colocado há minutos por Donald Trump ainda está a deixar muitos sem reacção. Enquanto apanhamos todos os nosso queixo do chão, algum humor pode ajudar. Veja como Saturday Night Live cobriu o caso Trump ontem à noite.



A "preparação" de Trump para o debate
A 'preparação' de Trump para o debate
Donald Trump com Paula Jones, Juanita Broaddrick, Kathleen Willey e Kathy Shelton, alegadas vítimas de assédio e violação por Bill Clinton. 
Qual é a estratégia de Donald Trump?
É a pergunta que se impõe, numa altura em que a resposta de Donald Trump a haver uma gravação em que ele admite beijar e apalpar mulheres sem permissão é tentar provar que o marido da sua adversária também o faz.

Na CNN, um dos maiores apoiantes de Donald Trump, Rudy Giuliani, tentou explicar os actos de Trump com uma lógica semelhante. "Quem nunca pecou que atire a primeira pedra". O jornalista Jake Tapper respondeu: "Terei todo o gosto em atirar a primeira pedra."


A resposta de Hillary Clinton
Esta foi a resposta de Hillary Clinton há minutos à conferência de imprensa organizada por Donald Trump com as alegadas vítimas de Bill Clinton.


"Are You Not Entertained?"


O que os eleitores acharam da gravação de Trump e do seu pedido de desculpa
Frank Luntz, especialista conservador em sondagens, fez hoje um focus group em torno da gravação de Donald Trump, com apoiantes de Donald Trump, Hillary Clinton e indecisos. Os resultados foram "terríveis", diz Luntz.



Por outro lado, quando confrontados com o pedido de desculpas de Trump, as coisas pareceram correr melhor, mesmo entre indecisos. Nas referências a Bill Clinton, as reacções começaram a ser mais negativas. 


A cinco minutos de começar o debate, preparem-se
Bill Clinton e Melania Trump cumprimentam-se (uau!)
Minutos antes de começar o debate, Bill Clinton e Melania Trump cumprimentam-se. Os filhos de Trump também deram um aperto de mão ao ex-Presidente.
Está bom ambiente
Não houve aperto de mão entre Clinton e Trump
Trump diz que gravação é "conversa de balneário"
Questionado sobre a gravação, Donald Trump volta a insistir que as suas declarações são normais. "Foi conversa de balneário. Peço desculpa à minha família", afirmou o candidato republicano, mudando rapidamente de assunto. "Temos um mundo em que o ISIS corta cabeças [...] são tempos medievais." 

Trump falou de ser duro com o Estado Islâmico e de tornar a "América segura outra vez e rica outra vez". Entretanto, voltou á gravação: "Estou muito envergonhado, mas é conversa de balneário... Eu vou dar cabo do ISIS [...] Tenho grande respeito por mulheres, ninguém respeito mais as mulheres."

E fez esses actos de que se gaba na gravação? "Não fiz essas coisas."
Foto de família
Foto de família
Clinton: "When they go low, you go high"
Quando Clinton é questionada sobre a gravação de Donald Trump, ela decide elencar todos os casos em que o candidato republicano fez declarações polémicas sobre grupos étnicos ou sociais. "Aquilo que ouvimos sexta-feira foi aquilo que ele pensa sobre mulheres, aquilo que faz a mulheres. Representa totalmente aquilo que ele é. Temos visto nesta campanha insultar mulheres, avaliar mulheres de 1 a 10, gozar com mulheres na televisão no Twitter", sublinhou. "E não é apenas mulheres e apenas este vídeo. Ele atacou imigrantes, afro-americanos, deficientes, muçulmanos, presioneiros de guerra..."

Minutos depois, Clinton lembra aquilo que Michelle Obama disse na convenção democrata: "When they go low, you go high."



Aquele momento em que um candidato ameaça prender o adversário
Acho que este é um momento inédito num debate presidencial... Donald Trump anuncia que, caso seja eleito, vai nomear um "procurador especial" para investigar Hillary Clinton. Em resposta, Clinton diz "ainda bem que alguém com o feitio de Donald Trump não está à frente da Lei do nosso país". A resposta de Trump: "Porque estarias presa."


Como é que o antigo presidente do Comité Nacional Republicano analisa este debate?
Steven Spielberg inspirou Hillary Clinton?
Os jornalistas perguntaram a Clinton o que ela quis dizer quando referiu num discurso para Wall Street que era necessário ter "uma posição pública e uma posição privada" sobre alguns temas (divulgado pelo Wikileaks) e a democrata respondeu dizendo que aquela frase vem no contexto de um elogio às capacidades de negociação de Abraham Lincoln expressas no filme "Lincoln", de Steven Spielberg. 

Como uma nota lateral. Novembro de 2012:

Trump queixa-se de parcialidade dos moderadores
Numa troca especialmente quente entre os dois candidatos, Clinton - tentando escapar a uma pergunta sobre o seu email particular - acusa Trump de tentar distrair os eleitores (lembra-se das alegadas vítimas de Bill Clinton?). Perante a decisão dos moderadores de avançar para outro tema, Trump queixa-se de ser uma luta 3 contra 1.


Trump diz que não concorda... com o seu vice-presidente
Numa parte do debate em que se discute política externa norte-americana, a moderadora confronta Donald Trump com a posição do seu candidato a vice-presidente, Mike Pence, em relação a Síria e à Rússia, expressa no debate vice-presidencial: "Ele e eu não falámos. mas eu discordo", sublinhou.

O vídeo:

Hmm...
Trump: "Aleppo basicamente já caiu"
Jornalista: "O que acontece se Aleppo cair?"

Donald Trump: "Basicamente já caiu."
Funeral da democracia
Christopher Hayes diz aquilo que muitos de nós estamos a pensar.


Trump parece estar a ganhar o debate
Frank Luntz, o especialista conservador em sondagens, está a fazer um focus group e a publicar o resultados em directo. Os resultados parecem apontar para uma vitória de Trump, com Clinton a recuperar terreno no final do embate.




Alguns dos posts anteriores:



Outro



E ainda outro




Desautorização de Pence, prender Hillary e cavalheiro Trump são os principais momentos para o Facebook
Brian Stelter, da CNN, cita dados do Facebook para dizer que estes foram os principais momentos na rede social.

Focus group conclui que Trump venceu
Frank Luntz é especialista em sondagens e focus groups. Ficou conhecido por trabalhar para a Fox News.

 
O que achou Krugman? (não vai ser surpreendido)
Não é que seja uma surpresa, mas esta é a visão do Nobel da Economia:

Mike Pence dá os parabéns a Donald Trump
Durante o debate, Donald Trump disse que não falou com Mike Pence sobre a posição da candidatura sobre a Síria e a Rússia. "Ele e eu não falámos. Mas eu discordo", sublinhou. Porém, o candidato republicano a vice-presidente não parece ter-se sentido desautorizado. 

O que Clinton gosta em Trump (e vice-versa)
O que Clinton gosta em Trump (e vice-versa)
A última pergunta do debate pediu aos dois candidatos à Presidência dos EUA para dizerem uma coisa boa sobre o seu adversário. 

Clinton sobre Trump
"Os filhos dele são muito capazes e devotos. E isso diz muito sobre Donald... É algo que, como mãe e avó, é muito importante para mim."

Trump sobre Clinton
"Ela não desiste. É uma lutadora. Ela luta e não desiste e considero isso uma boa característica."

No final sempre houve aperto de mão
No final sempre houve aperto de mão
Talvez influenciados pelas coisas boas que disseram um sobre um outro segundos antes, Donald Trump e Hillary Clinton deram um aperto de mão no final do debate, depois de não o terem feito à entrada.

Sondagens dão vitória a Hillary Clinton no debate
A percepção dos comentadores - e um conhecido focus group - apontava para uma vitória de Donald Trump no debate de hoje. No entanto, a sondagem da CNN a quem viu o debate conclui que Hillary Clinton ganhou o frente-a-frente de hoje. Clinton reuniu 57% dos votos e Trump 34%. Recorde-se que a amostra utilizada é mais democrata do que republicana, porque há mais democratas a ver os debates. 

Contudo, no jogo das expectativas, Trump não sai muito mal: 63% dizem que o republicano se comportou acima das expectativas e apenas 21% dizem que esteve pior do que esperavam. Quanto a Hillary Clinton, 39% disseram que ela esteve melhor, 26% que esteve pior face às expectativas iniciais.

Outra sondagem, da YouGov também atribui a vitória a Clinton, mas por uma margem mais pequena: 47% vs. 42%. Se olharmos apenas para os indecisos, a democrata também sai à frente (44% vs. 41%). É interessante a divisão homens/mulheres. Enquanto os inquiridos do sexo masculino atribuíram a vitória a Trump (46% vs. 43%), as mulheres ficaram claramente do lado de Clinton (50% vs 38%).


Veja o vídeo completo do segundo debate
Tal como no debate anterior, vamos terminar este minuto-a-minuto com o vídeo completo do segundo frente-a-frente das eleições presidenciais de 2016. A partir dos 2h13:

A não ser que tenha estado a viver numa caverna nos últimos dois dias, deve ter reparado que emergiu um novo escândalo em torno de Donald Trump. Uma gravação de 2005 mostra-o a referir-se a mulheres em termos ofensivos e a admitir que as apalpa sem o seu consentimento. "Aos famosos elas deixam fazer tudo", sublinha. O tema mereceu ampla cobertura mediática nos Estados Unidos, ainda mais depois de dezenas de republicanos terem anunciado que retiravam o apoio a Trump.

A gravação é terrível para Trump, que já estava a cair nas sondagens depois de um mau desempenho no primeiro debate. A cobertura está a ser tão extensa e negativa que tem praticamente abafado revelações sobre discursos de Hillary Clinton para um público de Wall Street. 

Embora Trump tenha pedido desculpa pela forma como falou naquela gravação, os tweets que foi enviando mostram uma postura desafiante, esperando-se que esta noite faça referências aos casos de adultério Bill Clinton, acusando-o de ter violado mulheres no passado e de Hillary ter atacado aquelas que o denunciaram. Tudo indica que será 1h30 bastante feia, mas se a estratégia é ser agressivo, este não é o melhor formato: o segundo debate será um town hall, o que significa que, além das perguntas dos moderadores, será necessário responder directamente a pessoas do público. Não é o melhor palco para atacar escândalos sexuais do adversário. 

Nesta altura Hillary Clinton está à frente de Donald Trump nas sondagens nacionais por cerca de cinco pontos percentuais. No mínimo, Trump tem de parar a hemorragia de votos e, normalmente, quem perde o primeiro debate tende a ganhar o segundo. Veremos se a história se repete.

Se está a ler esta notícia na app do Negócios, siga este link para acompanhar o minuto a minuto: http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/clinton_vs_trump_2_o_regresso_da_gravacao_indiscreta.html

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