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Trump ataca líderes republicanos "hipócritas" e recusa abandonar corrida à Casa Branca

A viver o pior momento da campanha nas presidenciais dos Estados Unidos e a poucas horas do segundo debate com a sua rival, Donald Trump optou pelo contra-ataque, criticando fortemente os vários membros do seu partido que pedem que saia da corrida à Casa Branca.

2. Donald Trump, candidato republicano à presidência dos EUA
Reuters
Negócios 09 de Outubro de 2016 às 17:41

Depois do escândalo com a revelação do vídeo em que Trump fala sobre as mulheres em termos considerados vulgares e machistas, o candidato republicano ficou mais isolado e foi alvo de fortes críticas, muitas delas de altos responsáveis do seu próprio partido.

 

Trump apressou-se a pedir desculpas, mas também a revelar que não há qualquer hipótese de desistir da corrida. Este domingo repetiu a mensagem nas redes sociais, aproveitando para atacar os que estão a pedir a sua desistência.

 

Foi no Twitter que agradeceu o "tremendo apoio" que tem sentido, "excepto de alguns líderes republicanos", a quem apelidou de "hipócritas". Foi também nesta rede social que Trump atacou a sua rival, ao partilhar notícias de alegadas violações que Bill Clinton terá efectuado no passado. 

 


Chuva de críticas

 

O senador John McCain, destacada figura do Partido Republicano e candidato presidencial em 2008, foi um dos que retirou formalmente o seu apoio à candidatura de Donald Trump. "Queria apoiar o candidato nomeado pelo nosso partido. Não era a minha escolha, mas como candidato nomeado no passado, pensava ser importante e respeito o facto de Donald Trump ter ganho a maioria dos delegados pelas regras em vigor no nosso partido. Pensava que devia esse respeito aos seus apoiantes", refere uma declaração de McCain, o último de um crescente número de republicanos que retiraram o apoio a Trump.

 

Até o candidato republicano à vice-presidência dos EUA, Mike Pence, declarou-se "ofendido" com o vídeo. "Como marido e pai senti-me ofendido com as palavras e acções descritas por Donald Trump no vídeo de há 11 anos", afirmou.

 

A mulher de Trump considerou "inaceitáveis e ofensivas" os comentários proferidos em 2005 pelo marido, mas pediu ao eleitorado que aceite o pedido de desculpas de Donald Trump. "As palavras que o meu marido utilizou são inaceitáveis e ofensivas. Isto não representa o homem que eu conheço. Ele tem o coração e a mente de um líder. Espero que as pessoas aceitem o seu pedido de desculpas, tal como eu fiz, e se foquem nos assuntos importantes da nossa nação e do mundo", afirmou Melania Trump.

 

O presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Paul Ryan, desistiu na sexta-feira de aparecer publicamente, pela primeira vez, ao lado do candidato do Partido Republicano à Casa Branca, "indignado" com declarações machistas de Donald Trump.

 

Já este domingo, Rudy Giuliani – antigo mayor de Nova Iorque e conselheiro de Trump – afirmou que o candidato republicano se sente "terrível" sobre as afirmações que efectuou em 2005 e agora divulgadas, mas reiterou que Trump não tem qualquer intenção de abandonar a corrida.

 

Giuliani revelou também que Trump não descarta a possibilidade de contra-atacar no debate desta noite com Hillary Clinton, revelando novos episódios de infidelidade de Bill Clinton. "Obviamente que se sente muito mal com o que disse e pede desculpa", acrescentou.

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