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João Araújo já entregou recurso a pedir libertação de José Sócrates

O advogado do ex-primeiro-ministro deslocou-se esta manhã até ao Campus da Justiça para entregar um recurso contra a prisão preventiva de José Sócrates. João Araújo garante que o recurso apresentado "tem óptimos fundamentos e vai resultar".

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19 de Dezembro de 2014 às 13:32
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O advogado João Araújo entregou, esta sexta-feira, no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), o recurso para a libertação de José Sócrates. Trata-se de um recurso preparado ao longo dos últimos dias e que tem como objectivo solicitar a libertação do antigo primeiro-ministro mediante a revisão da actual situação de prisão preventiva.

 

À saída do TCIC, no Campus da Justiça, João Araújo limitou-se a dizer aos jornalistas que o recurso "tem óptimos fundamentos e vai resultar", optando, contudo, por não se referir em concreto ao conteúdo do requerimento apresentado. Isto apesar de antes já ter assegurado que "com a máxima extensão possível, a defesa irá transmitir as pertinentes informações sobre a nova iniciativa processual". 

 

Prevista inicialmente para a passada segunda-feira, João Araújo acabou por adiar a entrega do referido recurso para esta sexta-feira devido à "necessidade, que sentiu, de consultar o seu constituinte sobre algumas questões", segundo informou no início da semana o próprio representante legal de Sócrates.

 

Ainda na segunda-feira, João Araújo adiantava que o recurso que estava a preparar tinha em vista a oposição à "decisão de aplicação da medida de prisão preventiva" imposta ao ex-governante.

 

Na semana passada, João Araújo referia que este recurso iria incidir no pedido de "libertação imediata" do seu cliente e no pedido de "nulidade da prisão preventiva" tendo em conta o que o advogado considera ser o "não cumprimento de formalidades" relativamente à decisão de detenção e permanência em prisão preventiva de José Sócrates.

 

Esta sexta-feira, à saída do Campus da Justiça, questionado pelos jornalistas sobre as declarações por si feitas esta semana, em que acusava a comunicação social de veicular "aldrabices" relativamente ao ex-primeiro-ministro, nomeadamente no que concerne às notícias que dão conta de que o motorista João Perna havia transportado dinheiro vivo para Paris, João Araújo apenas disse que "não falo de nada sobre o processo".

 

Esta quinta-feira, o advogado de Sócrates assegurava que João Perna "nunca foi a Paris" nem transportou malas de dinheiro para a capital francesa, acusando mesmo a investigação de estar a colocar na imprensa informações sobre o processo.

 

"Irritou-me profundamente o espectáculo, o folclore, em torno da audição do senhor João Perna" e "as aldrabices e as mentiras, que foram produzidas, presumo que sopradas pela investigação", acusou João Araújo. Já esta manhã, perante a insistência de um jornalista da CMTV, que pedia esclarecimento sobre a que tipo de aldrabices se referira, Araújo pareceu deixar uma mensagem: "pergunte ao seu director", atirou.

 

Impedido de dar entrevistas à comunicação social por decisão da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, João Araújo defendia esta semana que está na "altura de José Sócrates se defender publicamente".

 

José Sócrates permanece detido no Estabelecimento Prisional de Évora desde a noite de 24 de Novembro, isto depois da sua detenção no aeroporto de Lisboa durante a noite de 21 de Novembro. Sócrates está indiciado por crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção.

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