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Advogado de Sócrates reafirma que o carro "nunca passou de Espanha"

O advogado de José Sócrates, João Araújo, reafirmou esta segunda-feira, em Évora, que o carro do ex-primeiro-ministro "nunca passou de Espanha" e considerou que "tudo o que têm contra" o antigo líder socialista "são aldrabices".

Miguel Baltazar/Negócios
22 de Dezembro de 2014 às 14:36
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"Reitero que o carro do engenheiro José Sócrates nunca passou de Espanha. É uma mentira. Tudo o que têm contra ele são aldrabices. Provas nenhumas, factos nenhuns", afirmou.

 

João Araújo falava aos jornalistas à saída do Estabelecimento Prisional de Évora, onde hoje voltou a reunir-se, durante cerca de uma hora e meia, com José Sócrates, que aí está a cumprir prisão preventiva há quase um mês.

 

Questionado sobre a entrevista à RTP do advogado de João Perna, o motorista de José Sócrates, João Araújo limitou-se a dizer que não é "desmentido por advogados" e que não viu "nenhum desmentido de nenhum advogado".

 

"Não foi [um desmentido] e quem disser o contrário está a mentir", atirou João Araújo, sobre as alegadas viagens do carro de José Sócrates a Paris (França).

 

O causídico assinalou, por outro lado, que o ex-primeiro-ministro "não aceita concessões nenhumas desta gente, muito menos do senhor director-geral", porque "não precisa, não as pede e não as aceita", referindo-se à possibilidade de serem abertas excepções ao horário de visita.

 

"Se o Estado não tem condições de tratar decentemente os presos preventivos, não os tenha", disse.

 

Na sexta-feira, em entrevista ao Jornal da Noite da TVI, João Araújo afirmou que o alegado transporte pelo motorista João Perna de dinheiro para José Sócrates era "uma grosseira mentira".

 

Segundo o advogado, João Perna nunca terá saído de Portugal como motorista do ex-primeiro-ministro: "Foi uma vez a Badajoz fazer a revisão do carro. É aqui ao lado", ironizou.

 

José Sócrates está preso preventivamente, há quase um mês, no Estabelecimento Prisional de Évora, por suspeita de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada, num caso relacionado com alegada ocultação ilícita de património e transacções financeiras no valor de vários milhões de euros. 

 

(Notícia actualizada às 15h37 com mais informação)

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