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Caso Sócrates: Defesa do motorista João Perna requer libertação
O advogado sustenta que estão "esgotados" todos os prazos do inquérito, invoca nulidades e diz ter apresentado no requerimento novos factos "muito relevantes" que permitem substituir a prisão preventiva por outra medida de coacção menos gravosa.
O advogado do motorista de José Sócrates entregou neste terça-feira, 16 de Dezembro, um requerimento a pedir a libertação de José Perna, invocando nulidades relacionadas com a prisão preventiva do seu cliente na "operação Marquês", que levou à detenção do ex-primeiro-ministro.
À porta do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Ricardo Candeias declarou aos jornalistas que o processo que envolve João Perna, indiciado por fraude fiscal, branqueamento de capitais e posse ilegal de arma, já devia ser público desde Outubro, por se terem esgotado todos os prazos do inquérito previstos na lei processual penal.
O advogado sustenta que estão "esgotados" todos os prazos do inquérito, invoca nulidades e diz ter apresentado no requerimento novos factos que, em sua opinião, são "muito relevantes" para que o juiz de instrução criminal substitua a prisão preventiva por outra medida de coacção menos gravosa.
Além de Sócrates e João Perna, no âmbito da mesma operação está ainda em prisão preventiva Carlos Santos Silva, empresário e amigo de longa data do ex-líder socialista.
José Sócrates está preso preventivamente no Estabelecimento Prisional de Évora por suspeita de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada num caso relacionado com alegada ocultação ilícita de património e transacções financeiras no valor de vários milhões de euros.
O processo tem ainda como arguido o advogado Gonçalo Trindade que está proibido de contactar com os restantes arguidos, de se ausentar para o estrangeiro, com a obrigação de entregar o passaporte e de se apresentar semanalmente no DCIAP.