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Antigo tesoureiro de Lula e Dilma condenado a 15 anos de prisão

Preso preventivamente em Abril, o secretário de finanças do PT foi condenado na primeira instância. O PT já veio a público afirmar que se tratou de um julgamento sem provas e está confiante que a condenação seja anulada em sede de recurso.

Negócios 22 de Setembro de 2015 às 09:13

João Vaccari Neto, antigo tesoureiro do PT, foi condenado esta segunda-feira a 15 anos e quatro meses de prisão efectiva pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da operação Lava Jato. Além dele, enfrentam condenações mais nove figuras, entre as quais Renato Duque, ex-director da Petrobras.

 

Vaccari foi preso preventivamente em Abril, depois de ter sido apontado por delatores como o agente que desviada fundos da Petrobras a favor do PT. O antigo tesoureiro sempre negou todas as acusações que lhe foram apontadas, o que leva agora o PT a sair em sua defesa.

 

Numa reacção à sentença, o partido diz que "a decisão de primeira instância baseou-se exclusivamente em delações premiadas, sem qualquer prova material, e ainda tentou criminalizar o PT ao insinuar que as contribuições para o partido, todas legais e declaradas ao TSE, constituem-se em doações ilícitas". Diz ainda o PT que, ao longo da vida, Vaccari "sempre cultivou a simplicidade e a humildade. Não enriqueceu na política, conforme já demonstrado quando da quebra de seus sigilos bancário e fiscal."

 

Nesta fase do processo, o juiz Sérgio Moro condenou dez pessoas por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras. Além de João Vaccari Neto, foi também condenado Renato Duque, antigo director da Petrobras, que enfrenta uma pesada pena de 20 anos e oito meses de prisão, pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

 

A Operação Lava Jato investiga suspeitas de corrupção da Petrobras, que pagavam a funcionários públicos para garantirem que seriam as vencedoras num conjunto de obras públicas. O dinheiro de corrupção era disfarçado de doações oficiais ao PT. O Ministério Público Federal suspeita de 24 actos de corrupção e 503 actos de branqueamento de capitais. 

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