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Ex-director da Petrobras condenado a 12 anos de prisão

Nestor Cerveró está a negociar a possibilidade de redução de pena a troco de colaboração com as autoridades. Segundo a revista Veja, terá revelado que foi também desviado dinheiro da Petrobras para a eleição presidencial de Lula da Silva, em 2006.

Bloomberg
Negócios 17 de Agosto de 2015 às 18:20

O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, condenou nesta segunda-feira, 17 de Agosto, o ex-director da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró a 12 anos, 3 meses e 10 dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

 

No mesmo processo, o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano e apontado como o operador na Petrobras para o PMDB - um dos partidos no governo, ao lado do PT e do PP -, foi condenado a 16 anos, um mês e dez dias de prisão também por corrupção e lavagem.


Os dois estão presos em Curitiba e ambos estão a negociar acordos de delação premiada: colaboração com as autoridades a troco de redução de pena. Caso esta seja aceite, a pena pode ser reduzida até a metade. Ambos podem recorrer da sentença, mas continuam presos preventivamente.


De acordo com a acusação, Cerveró participou na contratação de navios-sonda da Samsung Heavy Industries tendo recebido 40 milhões de dólares em dinheiro do lobista  Fernando Baiano para favorecer compras da empresa sul-coreana. Uma auditoria interna da Petrobras analisou a compra dos dois navios-sonda adquiridos da Samsung Heavy Industries, o Petrobras 10000 e o Vitória 10000, além do navio Titanium Explorer 1. Segundo a revista Veja, num de seus depoimentos Nestor Cerveró contou que a campanha presidencial de Lula da Silva, em 2006, foi financiada em 60 milhões de reais com "luvas" pagas pelo contrato do Vitória 10000.

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