Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

"Precários" dizem que os dirigentes não estão a cumprir prazos (act)

Em causa está o processo de regularização de precários no Estado, que prevê que os dirigentes identifiquem os casos de precariedade que querem apresentar. Os Précarios Inflexíveis falam de atrasos. O Governo distingue entre os vários prazos que constam do processo.

Miguel Baltazar/Negócios
  • ...

Os dirigentes do Estado têm até esta semana para indicarem directamente as situações que consideram que devem ser regularizadas e que, à partida, poderiam somar-se aos cerca de 30 mil requerimentos apresentados directamente pelos interessados. Mas a associação Precários Inflexíveis, que diz que o prazo acaba esta sexta-feira, 11 de Agosto, garante que este não está a ser cumprido e pede ao Governo que o estenda por mais uma semana.

Em resposta às questões do Negócios, o Governo afirma que a associação está a confundir vários dos prazos que enquadram o programa.

No comunicado, os Precários Inflexíveis apresentam alguns casos.

"Apenas ontem a tutela dos estabelecimentos prisionais, a direcção geral de reinserção e serviços prisionais, mandou para todos os directores dos estabelecimentos prisionais um email para que confirmem os dados de cada um dos trabalhadores que enviaram o requerimento no âmbito do procedimento de regularização dos precários do Estado. Este email dá o prazo de próxima segunda-feira para a resposta", ilustra a associação, em comunicado.

Além disso, "muitos dos dirigentes estão actualmente em férias, bem como os responsáveis pelos serviços de recursos humanos"

Acreditando que o atraso se pode verificar noutros ministérios, e que "é muito grave" e, a associação Precários Inflexíveis "acredita que o governo não tem outro caminho senão estender esta fase mais uma semana".

"Os dirigentes máximos têm de identificar todos os precários do Estado e o processo não pode ser feito sem meios, sem tempo e à margem da lei", concluem.

Governo desvaloriza

Em resposta às questões do Negócios, o Governo admite que possa haver atrasos no cumprimento de alguns prazos, sem que isso comprometa o processo, mas não necessariamente daquele que é referido pelos Precários Inflexíveis. Fonte oficial do ministério do Trabalho começa por isso que indicar que o comunicado "confunde duas coisas".


Por um lado, o prazo que é dado aos dirigentes para que eles informem as comissões de avaliação bipartida que existem nos diferentes ministérios sobre se o trabalhador que se candidatou cumpre ou não uma função permanente.

"O prazo é de 10 dias úteis mas nenhuma comissão de avaliação bipartida (CAB) recusa receber respostas que cheguem fora desse prazo. Algum estabelecimento prisional que precisar de mais tempo para preparar a informação saberá o que fazer. Tais situações já aconteceram noutros ministérios, sem ligação com as férias; os serviços que precisam de mais tempo comunicam às CAB correspondentes que responderão, embora para além dos 10 dias", respondeu fonte oficial do ministério do Trabalho.  

Outro prazo diferente é o que diz respeito à informação a prestar pelos dirigentes sobre "os trabalhadores que estejam em situação que careça de regularização e que não apresentaram requerimentos". O
Governo confirma que o prazo para essa informação termina esta sexta-feira, 11 de Agosto.

Há no entanto um outro prazo, anterior no processo, que de acordo com os sindicatos não está a ser respeitado: é o que prevê que, assim que recebem as candidaturas, as comissões as enviem aos dirigentes no prazo de dois dias úteis.

Ver comentários
Saber mais Função Pública dirigentes precários Prevpap
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio