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Costa afirma que seria "grande insensibilidade" não dar tolerância de ponto

Função Pública vai ter tolerância de ponto a 12 de Maio por causa da visita do Papa Francisco a Fátima. Governo tem sido criticado pela decisão. Primeiro-ministro já explicou ponto de vista do Executivo.

Pedro Elias
27 de Abril de 2017 às 16:33
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O primeiro-ministro considerou esta quinta-feira que seria uma "grande insensibilidade" se o Governo não concedesse tolerância de ponto a 12 de Maio, quando o Papa Francisco chega a Portugal para celebrar o centenário das "Aparições de Fátima".

António Costa falava aos jornalistas no final de um almoço debate promovido pela Associação dos Administradores e Gestores de Empresas, em Lisboa, depois de confrontado com a contestação de deputados do PS à concessão pelo Governo de tolerância de ponto nos serviços públicos a 12 de Maio, por ocasião da visita de Sua Santidade, Papa Francisco, a Fátima.

"É natural que muitos portugueses desejem participar na visita do Papa Francisco a Portugal, um momento que distingue o país. Por isso, também é natural que o Governo dê tolerância de ponto para facilitar quem deseja participar nas cerimónias o possa fazer e diminuam as condições de congestionamento", começou por dizer.

Para o primeiro-ministro, pelo contrário, "seria estranho se o Governo não tomasse essa decisão".

"Tenho um grande à-vontade sobre esta matéria, porque não só defendo a laicidade, como não sou crente, mas respeito a crença dos outros e não ignoro que muitos portugueses perfilham a fé católica e que muitos portugueses desejarão estar em Fátima. Acho que seria uma grande insensibilidade da parte do Governo não o fazer, como temos feito em outras ocasiões", alegou o líder do executivo.

Confrontado com as críticas feitas a esta decisão do Governo pelo deputado socialista Tiago Barbosa Ribeiro, conotado com a ala esquerda do PS, António Costa desdramatizou, argumentando que "as críticas são todas legítimas".

"Agora, a liberdade religiosa e a laicidade implicam também o respeito pelas crenças dos outros. Eu não sou crente, mas respeito as crenças dos outros", frisou.
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