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PIB deverá crescer este ano 2,1% e no próximo 1,5%. Excedente abaixo de 1%

O Governo está a trabalhar com um cenário macro ligeiramente mais favorável do que o previsto em abril para o crescimento da economia para este ano. Excedente deste ano deverá ficar abaixo de 1%. No próximo saldo é neutro, segundo dados avançados pela Iniciativa Liberal.

Medina enfrenta alguma pressão social e política para não fechar o ano com um resultado que represente um esforço orçamental acima do necessário.
António Pedro Santos/Lusa
06 de Outubro de 2023 às 11:53
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A economia deverá crescer este ano cerca de 2,1% e no próximo ano 1,5%. Estes são alguns dados com que o Governo está a trabalhar para 2024, indicou esta sexta-feira o deputado da Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim Figueiredo. Quanto ao saldo, este ano, já se sabia existira um excedente, mas ficará "abaixo de 1%" do PIB, avançou o deputado liberal. Para 2024, o saldo será "neutro", acrescentou.

Os valores foram avançados pelo ministro das Finanças esta sexta-feira na reunião com os partidos da oposição no âmbito do Orçamento do Estado para 2024.

"Em 2023, acabaremos o ano com crescimento económico na casa dos 2,1%, 2,2% e com saldo orçamental positivo, mas inferior a 1%", afirmou o deputado da IL. Já quanto a 2024, "o saldo orçamental será neutro, portanto 0%, e o crescimento será na casa de 1,5%", ressalvando que até terça-feira, quando será apresentado o Orçamento do Estado, ainda poderão ocorrer mexidas.

O deputado liberal recordou que "este 1,5% é a mesma perspetiva
 que o Banco de Portugal esta semana deu, revendo em baixa", o valor que tinha avançado no boletim de junho que apontava para 2,7%.


Quanto à inflação, o Governo estará a trabalhar com uma taxa de 4,6% para o conjunto do ano, abaixo da previsão de 5,1% avançada em abril no Programa de Estabilidade, sabe o Negócios.

Investimento em queda

João Cotrim Figueiredo disse que questionou o ministro das Finanças sobre a queda do consumo público prevista pelo Banco de Portugal, mas não obteve resposta. "O investimento cai para 1/3 do que estava orçamentado em 2023, grande surpresa, e não há explicação para isto", afirmou.

Além disso, "o consumo público cai para metade do que estava orçamentado. Também nós não somos os maiores adeptos do consumo público, mas somos adeptos de perceber se há um consumo público orçamentado, ele é metade", acrescentou.

O deputado da IL lamentou não se prever reformas no OE. "Não é desta que vamos ter qualquer espécie de reforma estrutural. Haverá aquilo que tem sido típico, que a gestão de curto prazo para tentar responder a emergências com medidas no caso da habitação, eventualmente, no caso dos combustíveis, e no IRS Jovem."

(Notícia atualizada às 11:20)

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