Notícia
BE acusa Governo de "insensibilidade social" ao não usar margem para apoiar famílias
O Bloco de Esquerda fala em "insensibilidade social" do Executivo ao não usar o excedente orçamental previsto para este ano para fazer face ao aumento do custo de vida dos portugueses e lamenta falta de respostas na habitação, salários e serviços públicos.
O Bloco de Esquerda acusa o Governo de "insensibilidade social" ao não usar o excedente orçamental previsto para este ano para reforçar as medidas de apoio à população e lamenta a falta de novidades na reunião desta sexta-feira no âmbito do Orçamento do Estado para 2024.
"Um governo que tem uma margem e não a usa para desonerar as pessoas num momento tão difícil, para as ajudar no momento tão difícil é um governo, tem uma insensibilidade social que não se espera que o próximo orçamento de Estado tenha um virar de página nesta realidade", afirmou o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares.
O Bloco esteve reunido esta sexta-feira, 6 de outubro, com o Governo ao abrigo do estatuto dos partidos da oposição no âmbito do Orçamento do Estado para o próximo ano. No final, o líder da bancada parlamentar bloquista acusou o Executivo de António Costa de "não está a fazer tudo o que podia para ajudar as pessoas num momento tão difícil, seja na habitação, seja nos serviços públicos, seja no salário".
De acordo com a Iniciativa Liberal, o Governo prevê para este ano um excedente do saldo orçamental abaixo de 1% do PIB e um saldo nulo em 2024.
Pedro Filipe Soares reconheceu que o Governo "abriu um nadinha mais os cordões à bolsa" para os funcionários públicos, "mas está longe de repor o poder de compra perdido, em particular nos salários médios da administração pública e no salário mínimo nacional".
O líder da bancada parlamentar bloquista lamentou ainda que estas reuniões com o Governo "não servem para novidade (…) e eu creio que isso mostra bem como a oposição é tratada neste tipo de reuniões."