Notícia
Centeno baixa expectativas da esquerda para OE 2018
Ministro das Finanças quer usar uma eventual folga orçamental gerada por maior crescimento económico para reduzir a dívida pública. Centeno tenta assim condicionar as negociações do Orçamento para 2018.
O ministro das Finanças quer usar a eventual folga orçamental gerada por um crescimento económico acima do previsto para reduzir a dívida pública. A intenção foi transmitida por Mário Centeno numa entrevista à Reuters e pretende assim baixar as expectativas dos partidos de esquerda nas negociações para o Orçamento do Estado para 2018.
"A folga a existir tem de ser para criar melhores condições nestas dimensões [de financiamento da economia] ou seja nós não podemos pôr em causa as nossas metas", disse o governante, garantindo, também, que não deixará de "colocar a gestão financeira do Orçamento ao serviço das políticas que temos no programa do Governo".
Porém, Centeno destaca a "importância que este Governo dá às condições de financiamento da economia portuguesa" e que "é um objectivo central da governação porque elas não afectam apenas o Estado", explicou.
A intenção revelada por Centeno à Reuters acontece numa altura em que o Executivo já negoceia com Bloco, PCP e Verdes o Orçamento do Estado para 2018. Assim que foram conhecidos os resultados do PIB no primeiro trimestre – em que a economia cresceu ao ritmo mais alto de quase 10 anos –, o partido de Catarina Martins defendeu que um crescimento acima do previsto teria de ser convertido em mais investimento público em saúde e educação. Só assim seria "válido", argumentou a deputada Mariana Mortágua.
Segundo contas das Finanças, um crescimento de 2,2% este ano e 2,4% no próximo ano - o ministro já admite que este ano o PIB cresça acima de 2% - pode gerar um défice mais baixo em 2018 em cerca de 200 milhões de euros.
"A folga a existir tem de ser para criar melhores condições nestas dimensões [de financiamento da economia] ou seja nós não podemos pôr em causa as nossas metas", disse o governante, garantindo, também, que não deixará de "colocar a gestão financeira do Orçamento ao serviço das políticas que temos no programa do Governo".
A intenção revelada por Centeno à Reuters acontece numa altura em que o Executivo já negoceia com Bloco, PCP e Verdes o Orçamento do Estado para 2018. Assim que foram conhecidos os resultados do PIB no primeiro trimestre – em que a economia cresceu ao ritmo mais alto de quase 10 anos –, o partido de Catarina Martins defendeu que um crescimento acima do previsto teria de ser convertido em mais investimento público em saúde e educação. Só assim seria "válido", argumentou a deputada Mariana Mortágua.
Segundo contas das Finanças, um crescimento de 2,2% este ano e 2,4% no próximo ano - o ministro já admite que este ano o PIB cresça acima de 2% - pode gerar um défice mais baixo em 2018 em cerca de 200 milhões de euros.