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Marcelo espera por uma "surpresa boa" nas receitas fiscais de Setembro  

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu hoje que "vale a pena esperar pelos dados das receitas fiscais de Setembro", ao ser confrontado com as dúvidas da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).

Bruno Simão/Negócios
04 de Outubro de 2016 às 19:01
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"Relativamente às receitas fiscais, vale a pena esperar uns dias, até se saber a receita fiscal do mês de Setembro. Talvez possa ser uma surpresa boa, no sentido de que as receitas permitam atingir aquilo que eu tenho dito, repetidamente, ao longo dos meses", disse.

 

"Acredito que o défice vai ficar em 2,5%", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa, desejando que as receitas fiscais continuem a aumentar até fim do ano", ao mesmo tempo que garantia não estar preocupado, porque as "despesas estão muito contidas" e também porque espera um aumento das receitas fiscais até final do ano, de forma a permitir manter o défice de 2016 em 2,5%.

 

Numa nota sobre a síntese da execução orçamental das administrações públicas até agosto, a que a Lusa teve hoje acesso, a UTAO indica que "será necessário arrecadar 17.434 milhões de euros nos últimos quatro meses de 2016" para cumprir o objectivo incluído no Orçamento do Estado para 2016 (OE2016), referindo que esta evolução "não se afigura verosímil".

 

Quanto ao Fundo Monetário Internacional (FMI), que reviu hoje em baixa as projecções económicas de Portugal, esperando um crescimento de 1% este ano, abaixo da estimativa apresentada em Abril, quando antecipava que a economia portuguesa crescesse 1,4%, Marcelo Rebelo de Sousa considera que não há grande novidade, porque o FMI aponta para um "crescimento de 1%, ou acima (e não abaixo) desse valor".

 

Relativamente à preocupação expressa pelo comissário europeu Günther Oeettinger, responsável pela Economia e Sociedades Digitais, durante uma audição na comissão parlamentar de Assuntos Europeus, sobre um eventual segundo resgate a Portugal, o Presidente da República afirmou-se convicto de que não haverá necessidade de um novo resgate.

 

"Eu acho que não vai haver segundo resgate e que, além do mais, a Europa não está sequer virada para pensar em resgates. Tem tantos, tantos problemas, outros problemas, que eu não estou a ver a Europa, minimamente, estar a pensar nisso", disse.

 

"E olhando para aquilo que se passa em Portugal, no controlo do défice orçamental e da preparação do ano que vem para controlo do défice orçamental, acho que não vai haver esse cenário, essa hipótese, que é uma espécie de conversa que se tem quando não se tem outra conversa para ter", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa, depois de inaugurar o Museu da Música Mecânica do Pinhal Novo.

 

O novo espaço museológico inaugurado por Marcelo Rebelo de Sousa foi idealizado e construído pelo coleccionador Luís António Cangueiro há mais de 15 anos, tem 600 peças de música mecânica, incluindo realejos, fonógrafos, gramofones e até um órgão do século XVIII, todos a funcionarem em pleno e capazes de reproduzirem sons que caracterizavam outras épocas.

 

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