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Impostos indirectos com pior desempenho desde 2009
O “enorme” aumento de impostos decidido em sede de IRS está a dar resultados, mas o encaixe com impostos indirectos registou a maior queda desde 2009
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O encaixe com impostos indirectos no primeiro trimestre do ano caiu 4,9% em termos homólogos e 17,8% em termos homólogos. É o pior desempenho desde os primeiros dois trimestres de 2009, um dos momentos mais tensos da crise mundial e que foi marcado por uma travagem a fundo no consumo e comércio em termos internacionais.
Este é um dos factores que contribuiu para o défice elevado registado no primeiro trimestre deste ano que, segundo dados revelados pelo INE, atingiu os 10,6% do PIB – 8,8% se for excluído o impacto da recapitalização do Banif. A meta para o final do ano é de 5,5% do PIB, excluindo o impacto da recapitalizações.
A degradação das contas públicas no primeiro trimestre levou o défice do ano terminado em Março a aumentar para 7,1% do PIB o que compara com os 6,4% registados em 2012. Segundo o INE, esta evolução, marcada pelos dados do primeiro trimestre (ver tabela em baixo) resulta "de aumento mais acentuado na despesa que o verificado na receita".
“Do lado da receita, verificou-se um aumento dos impostos sobre o rendimento e património. As contribuições sociais mantiveram-se praticamente ao mesmo nível do trimestre anterior, tendo-se verificado reduções dos impostos sobre a produção e a importação e das receitas de capital”, analisa o instituto.
Do lado da despesa “a generalidade das componentes registou um aumento no ano terminado no 1º trimestre de 2013 face a 2012, observando-se apenas uma redução ligeira do consumo intermédio e uma redução mais acentuada do investimento”, continua o instituto que salienta “o aumento da outra despesa de capital [devido ao Banif] e das prestações sociais pagas como as componentes com os contributos mais significativos para o aumento da despesa”.