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Governo prefere acelerar redução da sobretaxa do que a devolução dos cortes salariais

O programa de Governo inclui as medidas aprovadas ontem em Conselho de Ministros. Entre a redução da sobretaxa de IRS e a reposição dos salários dos funcionários públicos, o Executivo PSD/CDS parece dar prioridade clara ao alívio da primeira, uma vez que se aplica a todos os contribuintes.

Maria Luís Albuquerque é a 6.ª Mais Poderosa 2015
Faz com o primeiro-ministro uma dupla unida pela forma de pensar e de actuar. Teve um papel determinante em todo o processo de resolução do BES e conseguiu evitar o protagonismo que seria politicamente negativo para o Governo. Conseguiu gerir o colapso de um
banco sem ser beliscada. Geriu o caso da lista VIP pela ausência. Maria Luís Albuquerque tem conseguido levar ao máximo o poder formal
de um ministro das Finanças. No PSD há quem veja nela qualidades para voos mais altos na política.
06 de Novembro de 2015 às 13:53
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No capítulo sobre as contas públicas, o Governo enuncia duas medidas principais: a reversão do cortes dos salários na Função Pública e a diminuição da sobretaxa de IRS. A seguir a estas duas propostas, o documento abre a porta à negociação da segunda: "Nesta matéria, o Governo está aberto a negociar uma aceleração na remoção da sobretaxa do IRS, já que esta incide sobre activos e reformados, bem como sobre trabalhadores da Administração Pública, trabalhadores do sector privado e profissionais independentes."

Ou seja, enquanto repor os salários afecta um círculo mais pequeno de pessoas, reduzir a sobretaxa abrange mais gente. Ainda assim, em ambas as medidas, o Governo refere que o ritmo de alívio pode ser acelerado "mediante a disponibilidade orçamental".

O Negócios já tinha noticiado que, a haver espaço orçamental, a preferência da coligação PSD/CDS-PP ia para uma extinção mais veloz da sobretaxa do que para uma devolução dos salários dos funcionários públicos, aplicada a trabalhadores com remunerações superiores a 1.500 euros. 

Recorde-se que o Tribunal Constitucional considerou que estes cortes salariais são inconstitucionais, mas aceitou-os devido ao período de excepcionalidade do programa de ajustamento e, depois disso, pelo facto de Portugal continua em Procedimento dos Défices Excessivos. Assim que Portugal sair, ficando com um défice orçamental inferior a 3%, antecipa-se que o Constitucional chumbe esses cortes. 

Tal como foi anunciado ontem, o Programa do Governo para 2016 inclui uma reversão de 20% dos cortes aos funcionários públicos e uma redução da sobretaxa de IRS para os 2,625% (antes estava nos 3,5%).
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