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Governo repete que défice de 2016 "não excederá 2,1%"

Um dia antes do INE divulgar o valor do défice do ano passado, o secretário de Estado do Tesouro insiste que não ficará acima de 2,1% do PIB, repetindo a previsão de Mário Centeno.

Pedro Elias
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O secretário de Estado do Tesouro disse esta quinta-feira, 23 de Março, que o défice de 2016 "não excederá os 2,1% do PIB", repetindo assim a previsão feita por Mário Centeno a 15 de Fevereiro também no Parlamento. Álvaro Novo, que fez a sua primeira intervenção na Assembleia enquanto membro do Governo, referiu-se ao défice do ano passado, bem como a outros indicadores, para sublinhar a estratégia de cumprimento dos compromissos nacionais e internacionais, afastando-se da renegociação da dívida defendida pelos partidos à esquerda do PS.

A insistência na ideia de que o défice não ficará acima de 2,1% acontece na véspera da divulgação do número por parte do Instituto Nacional de Estatística (INE). O INE envia esta sexta-feira para Bruxelas o reporte do Procedimento por Défices Excessivos onde apresenta a primeira estimativa para o resultado orçamental de 2016.

Apesar desta estimativa, as contas da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) apontam para um défice de 2,3%, um valor que apesar de ficar acima da nova previsão do Governo, cumpre o limite dos 3% do PIB imposto pelas regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento, bem como tecto de 2,5% fixado pelo executivo comunitário para Portugal.

Os técnicos do Parlamento estimam que medidas extraordinárias no valor de cerca de 570 milhões de euros ajudaram a baixar o défice.

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