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Francisco Louçã e João Cravinho entregam petição sobre reestruturação da dívida
A petição do manifesto dos 74 vai ser entregue no Parlamento por alguns dos subscritores do manifesto. Assunção Esteves recebe a comitiva às 12 horas.
A petição que defende a reestruturação da dívida nacional, promovida pelo Manifesto dos 74, chega esta quarta-feira, dia 9 de Abril, ao Parlamento. O documento será entregue à Presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, por uma comitiva de nove pessoas, encabeçada pelo primeiro subscritor da petição, o ex-provedor de Justiça Alfredo José de Sousa. O ex-líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, e o ex-ministro do PS João Cravinho também vão lá estar.
A delegação inclui ainda António Franco, o advogado Eduardo Paz Ferreira, o almirante Fernando Melo Gomes, o politólogo Pedro Adão e Silva, e ainda Fernanda Soromenho e Ricardo Bayão Horta.
Estava previsto que o ex-ministro António Bagão Félix, do CDS, também marcasse presença, mas esta foi cancelada por motivos pessoais. Já a ex-líder do PSD Manuela Ferreira Leite, que também subscreveu o manifesto, não marca presença por ter “outras incumbências”, explicou João Cravinho ao Negócios. “É difícil conciliar as várias agendas”, justificou.
O manifesto dos 74 exige a reestruturação da dívida pública portuguesa, sugerindo três caminhos: a reestruturação, “pelo menos”, da dívida pública acima de 60% do PIB, o prolongamento de maturidades e a redução da taxa média de juros. Entre os subscritores, na sua maioria posicionados à esquerda, estão personalidades ligadas à direita, como Manuela Ferreira Leite, Bagão Félix ou António Capucho.
O manifesto foi mal recebido pelo Governo. Na passada sexta-feira, Passos Coelho disse mesmo que defender a reestruturação neste momento é o mesmo que pedir um segundo resgate. E avisou que uma reestruturação não dispensaria a austeridade.
A petição, com o nome “Preparar a reestruturação da dívida para crescer sustentadamente”, já recolheu, até agora, 34.466 assinaturas.