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Finanças: avaliação do FMI ignora negociações entre Governo e Bruxelas

Nas primeiras horas da manhã, já houve lugar a comunicados do FMI, Comissão Europeia e agora do Governo. O Ministério das Finanças diz que a avaliação do FMI não tem em consideração as negociações entre Portugal e Bruxelas.

Bruno Simão
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Vinte minutos depois de ter sido divulgada a avaliação pós-programa do Fundo Monetário Internacional, surge a resposta do Ministério das Finanças, em jeito de "esclarecimento". Em comunicado enviado às redacções, o Governo alega que as conclusões retiradas pela missão do FMI "não reflecte os desenvolvimentos negociais ocorridos no âmbito das consultas técnicas entre as autoridades portuguesas e os serviços da Comissão Europeia no que respeita ao esboço de Orçamento do Estado de 2016".

Num curto comunicado, as Finanças sublinham ainda que o "FMI não participou nas consultas técnicas mantidas entre Portugal e a Comissão Europeia" sobre o esboço orçamental.  

As conclusões da avaliação pós-programa do FMI foram conhecidas às 10h e contrariam grande parte das previsões do Governo, revelando grande cepticismo sobre a política económica adoptada por António Costa. O Fundo não antecipa nem uma aceleração do crescimento económico em 2016, nem um défice orçamental mais baixo.

E embora dê o benefício da dúvida ao Governo, que está em funções há pouco mais de dois meses, a equipa técnica liderada por Subir Lall alerta para a necessidade de aprofundar as reformas estruturais e defende mais medidas de redução da dívida e recapitalização dos bancos.

E, como se esperava, aponta o dedo ao aumento do salário mínimo, sobre o qual o fundo sempre teve uma opinião muito crítica. 




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