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Dívida pública subiu 1,6 mil milhões em 2017  

A dívida pública desceu em Dezembro pelo quarto mês consecutivo, reduzindo o aumento acumulado em 2017 para 1,6 mil milhões de euros.

Nuno Carregueiro nc@negocios.pt 01 de Fevereiro de 2018 às 11:07

A dívida pública terminou 2017 nos 242,6 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 1,6 mil milhões de euros face ao registado no final de 2016.

 

Os dados foram revelados esta manhã pelo Banco de Portugal e mostram que o endividamento recuou ligeiramente em Dezembro (200 milhões de euros), sendo já o quarto mês consecutivo de alívio no valor da dívida pública.

 

A evolução da dívida pública teve um comportamento distinto ao longo do ano, com fortes subidas nos primeiros meses e descidas na recta final de 2017. Em Agosto superou pela primeira vez a fasquia dos 250 mil milhões de euros, acumulando uma subida de 9,4 mil milhões de euros desde o início do ano. Nos quatro meses seguintes registou uma queda de 7,8 mil milhões de euros, que apesar de não travar o crescimento do valor em termos nominais, terá sido suficiente para colocar o peso da dívida no PIB a descer.

 

Dado não ser ainda conhecido o valor do PIB em 2017, não é possível determinar o peso da dívida na economia na totalidade do ano passado. Contudo, dado que o PIB terá registado o crescimento mais forte da década (em torno de 2,7%), é certo que o rácio terá descido. O primeiro-ministro adiantou o mês passado que em 2017 a dívida pública terá ficado em 126,2% do PIB. Trata-se de um valor abaixo dos 127% inicialmente estimados e dos 130,1% registados em 2016.

 

Reembolsos ao FMI compensam mais emissões

 

Os reembolsos ao FMI efectuados no ano passado foram determinantes para esta descida do endividamento da economia portuguesa, que permitiram compensar o aumento das emissões de dívida.

 

Segundo o Banco de Portugal, no ano passado o país aumentou a emissão de títulos de dívida em 9,4 mil milhões de euros e de certificados do Tesouro em 3,8 mil milhões de euros. Já os reembolsos antecipados ao FMI foram de cerca de 10 mil milhões de euros.

 

O Tesouro português aproveitou as baixas taxas de juro do mercado para aumentar as emissões de obrigações do Tesouro e produtos de poupança para o retalho e ao mesmo tempo anular parte do empréstimo do FMI, que tem custos mais elevados.

 

O banco central acrescenta que os activos em depósitos das administrações públicas diminuíram 2,9 mil milhões de euros em 2017. Assim, a dívida pública líquida de depósitos das administrações públicas registou um aumento de 4,6 mil milhões de euros em relação a 2016, totalizando 2.230 mil milhões de euros.

(notícia actualizada às 11:25 com mais informação)

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