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Dijsselbloem: "Temos de mostrar que nos levamos a sério em temas orçamentais"
O presidente do Eurogrupo não abriu o jogo sobre as sanções a Portugal, mas sublinhou que a Europa tem de mostrar que leva a sério os compromissos orçamentais dos Estados-membros.
Negócios
07 de Julho de 2016 às 10:09
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"Temos de mostrar que nos levamos a sério em temas orçamentais", afirmou Jeroen Dijsselbloem aos deputados holandeses, citado pela Bloomberg. "Às vezes existem motivos para flexibilidade, mas outras vezes os factos falam por eles próprios."
A Comissão Europeia deverá colocar hoje em marcha o procedimento que poderá culminar na decisão sobre sanções a Portugal e Espanha pelo seus maus desempenho orçamentais entre 2013 e 2015. Porém, eventuais penalizações só deverão ser decididas mais para o final do mês.
Hoje, o Público divulgou a carta escrita pelo primeiro-ministro à Comissão Europeia, onde o governante cita os argumentos do Governo contra possíveis sanções a Portugal. "Seria injusto punir um Estado-membro que está no caminho certo para corrigir o défice excessivo quando está prestes a consegui-lo", pode ler-se na missiva assinada por António Costa.
Segundo o Público, outro argumento citado é que decidir aplicar sanções a Portugal "será contraproducente", uma vez que tornará "mais difícil a consolidação orçamental" e prejudicará o acesso aos mercados financeiros internacionais. Em terceiro lugar, o primeiro-ministro sublinha que esse caminho "não seria entendido pelos portugueses, que têm passado por uma dura recessão económica e sofreram medidas de austeridade, arriscando-se a encorajar sentimentos antieuropeus".
A Comissão Europeia deverá colocar hoje em marcha o procedimento que poderá culminar na decisão sobre sanções a Portugal e Espanha pelo seus maus desempenho orçamentais entre 2013 e 2015. Porém, eventuais penalizações só deverão ser decididas mais para o final do mês.
Hoje, o Público divulgou a carta escrita pelo primeiro-ministro à Comissão Europeia, onde o governante cita os argumentos do Governo contra possíveis sanções a Portugal. "Seria injusto punir um Estado-membro que está no caminho certo para corrigir o défice excessivo quando está prestes a consegui-lo", pode ler-se na missiva assinada por António Costa.