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UE junta-se ao FMI e defende que a Grécia vai precisar de alívio da dívida

A Bloomberg teve acesso a um relatório da Comissão Europeia em que a instituição sustenta que Atenas vai precisar de um alívio da dívida pública, mesmo que se antecipe que a Grécia chegará ao fim do programa com uma almofada financeira disponível de 9 mil milhões de euros.

20 de Junho de 2017 às 20:42
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Prolonga-se há já quase dois anos o impasse entre as parceiros europeus da troika e o Fundo Monetário Internacional (FMI), com a instituição liderada por Christine Lagarde a rejeitar integrar financeiramente o programa de assistência grego sem que os credores europeus aceitem promover um novo alívio da dívida pública helénica.

 

De acordo com o documento da Comissão Europeia a que a agência Bloomberg teve acesso, a Grécia vai precisar de um alívio da dívida pública para reconquistar a confiança dos investidores e aceder de forma autónoma aos mercados de dívida.

 

A Comissão está convicta de que a Grécia chegará ao fim do programa – o memorando em curso tem uma duração prevista de três anos e prevê um financiamento a Atenas de até 86 mil milhões de euros -, em Agosto de 2018, com uma disponibilidade financeira de 9 mil milhões de euros, contudo a instituição presidida por Jean-Claude Juncker acredita que tal não será suficiente.

 

No relatório, datado de 16 de Junho, citado pela Bloomberg, a Comissão Europeia antevê que Atenas deixará 27,4 mil milhões dos 86 mil milhões de euros por utilizar, pelo que a instituição considera necessário que as autoridades gregas garantam uma almofada financeira de salvaguarda.

 

Na semana passada, chegou ao fim um impasse que se arrastava há longos meses com a validação da segunda avaliação ao cumprimento do memorando helénico e consequente desbloqueio da terceira tranche do resgate de 8,5 mil milhões de euros, necessárias para Atenas fazer face às obrigações de dívida que vencem já em Julho (cerca de 7 mil milhões de euros).


Contudo, o FMI decidiu ainda não integrar o programa de assistência para já, preferindo esperar por 2018, altura em que a instituição sediada em Washington pretende alcançar com os resgates parceiros da troika um acordo sobre a dívida pública grega, a mais alta da Zona Euro.

 

O relatório conclui pela necessidade de "medidas adicionais para mitigar a dívida" grega, incluindo um novo prolongamento das maturidades e dos períodos de carência.

 

Esta terça-feira, o presidente do fundo do resgate do euro (Mecanismo Europeu de Estabilidade), Klaus Regling, afirmou, segundo citação do Kathimerini, que "neste momento a Grécia tem poucos problemas com o serviço da dívida".

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