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Eurogrupo pode desembolsar 8,5 mil milhões para a Grécia

Os ministros das Finanças da Zona Euro devem desbloquear 8,5 mil milhões de euros para a Grécia, avançam fontes da Reuters e da Bloomberg. No encontro de hoje, deve também haver clarificações quanto ao alívio na dívida a longo prazo.

Bloomberg
15 de Junho de 2017 às 16:07
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Na reunião do Eurogrupo (encontro dos ministros das Finanças da Zona Euro) desta quinta-feira, 15 de Junho, há dois temas em cima da mesa: o montante que vai ser emprestado à Grécia após o país ter cumprido as exigências dos credores internacionais e o alívio da dívida que vai ser dado àquele país.

À entrada para o encontro, que se realiza no Luxemburgo, Jeroen Dijsselbloem (na foto), presidente do Eurogrupo, indicou que o montante que vai ser desbloqueado para a Grécia vai ser debatido, dado que Atenas aplicou todas as reformas que lhe tinham sido exigidas.

O valor do empréstimo, de acordo com funcionários que prepararam o encontro, citados pela Reuters, situava-se entre 7,4 mil milhões e oito mil milhões de euros. Contudo, fontes quer da Reuters quer da Bloomberg apontam para que o valor do cheque possa ser mais alto: 8,5 mil milhões de euros. Esta é pelo menos a recomendação que foi dada aos ministros, depois de uma reunião esta manhã.


O segundo tema em cima da mesa é o alívio da dívida que vai ser concedido à República Helénica. Dijsselbloem adiantou esta manhã que vão tentar clarificar as dúvidas levantadas sobre o tema pela Grécia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), de acordo com a Reuters. Ainda assim, salientou, citado pela Bloomberg, que "hoje não vai decorrer o encontro no qual tomamos uma decisão final sobre a dimensão do alívio da dívida que é necessário".

"Delineámos no ano passado que tipo de medidas estão disponíveis e sempre dissemos que no fim do novo programa, na segunda metade deste ano, iríamos fazer as calibrações finais necessárias e definir como desenhá-las", adiantou.  

É que o desembolso de um novo empréstimo para a Grécia tem uma condição imposta pelo parlamento alemão: o FMI tem de participar, algo que dará legitimidade ao programa. A questão é que para a instituição liderada por Christine Lagarde integrar o resgate, o FMI quer que a Grécia complete as reformas e que a Zona Euro dê mais detalhes sobre que alívio da dívida dará à Grécia no próximo ano.

O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, disse esta quinta-feira, à entrada para o encontro, que "encontrámos uma maneira que, esperamos, permita à gestão do FMI recomendar o programa à administração do Fundo". Em Setembro, a Alemanha tem eleições e o tema do alívio de dívida é difícil no país, o maior contribuinte para os resgates da Grécia.

Pierre Moscovici, comissário europeu, à entrada para o encontro, mostrou algum optimismo. "Podemos ter esta noite um acordo global que mostre a confiança que os parceiros da Grécia têm no Eurogrupo, o que é também um sinal para os mercados que podem confiar nesta economia", afirmou citado pela Bloomberg.

 

O ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, por sua vez, apontou que a União Europeia tem de ir além da gestão de crise no caso da Grécia. "Estou aqui totalmente determinado em encontrar um acordo para a Grécia", enfatizou, citado pela agência de informação.

"Quero realmente mudar da gestão do dia-a-dia da crise da dívida grega para uma perspectiva de longo prazo para a população grega e para os outros países europeus. Temos outros assuntos em cima da mesa. Devemos dar o nosso melhor para sairmos desta gestão de crise e passarmos para uma perspectiva para a população grega e todos os países europeus", acrescentou.

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