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UE dá a Centeno um escritório e pouco mais

O ministro das Finanças terá direito a um gabinete e despesas de representação. Reforços da equipa ficam a cargo de Portugal.

EPA
05 de Dezembro de 2017 às 22:00
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Se Mário Centeno precisar de mais apoio para conciliar a posição de ministro das Finanças com a de presidente do Eurogrupo terá de ser o Governo português a suportar os custos. A União Europeia cede apenas um espaço físico, paga viagens de trabalho e despesas de representação.

É verdade que o ministro das Finanças português terá alguns benefícios e apoios europeus na presidência do Eurogrupo, mas estes serão pouco abrangentes. Segundo os esclarecimentos do Conselho Europeu, não haverá um salário, nem existirão funcionários comunitários a trabalhar directamente com o presidente. Como não havia no passado.

"Portugal vai pagar o ministro, o salário e a equipa. [A União Europeia] não paga nada daquilo que receba como presidente do Eurogrupo", explica fonte oficial do Conselho.

Isso não significa que não exista uma estrutura de apoio. Mário Centeno terá direito a um escritório com uma sala de reuniões (mas sem uma equipa). Neste momento, o escritório está no edifício Justus Lipsius, mas está a ser planeada uma mudança para outra localização.

Centeno irá também usufruir de um carro de serviço e um orçamento anual de 50.000 euros para deslocações, sempre que viaje em representação do Eurogrupo. Além disso, existe um envelope de 5.000 euros ao ano para despesas de representação, na organização de encontros, jantares ou cocktails. Os montantes não são muito elevados, mas Jeroen Dijsselbloem, por exemplo, terá gasto apenas um décimo desses valores.

De uma perspectiva mais técnica e de agenda, o presidente é apoiado pelo Grupo de Trabalho do Eurogrupo, liderado por Thomas Wieser (um dos homens mais poderosos da Zona Euro, que também termina o mandato dentro de semanas), que é responsável pela preparação técnica das reuniões, a agenda das mesmas e dá aconselhamento na condução dos trabalhos do Eurogrupo. Um órgão decisivo na definição do debate no seio da moeda única.

No entanto, nenhuma dessas pessoas trabalha directamente para o presidente. Se for necessário um reforço da equipa de Centeno – e provavelmente será – esses custos terão de ser suportados pelo Governo português. Dijsselbloem, por exemplo, tinha um porta-voz dedicado apenas à comunicação relacionada com o Eurogrupo a trabalhar a partir de Haia.

Questionado pelo Negócios, o Ministério das Finanças não se quis pronunciar sobre um eventual reforço ou reorganização da equipa de Centeno, nem eventuais alterações de remuneração. 

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