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Dijsselbloem defende que Centeno não vai mudar políticas do Eurogrupo

O ainda presidente do fórum que junta os ministros das Finanças da Zona Euro lembra que as regras foram acordadas entre os estados-membros e que as decisões no Eurogrupo são tomadas por unanimidade.

Reuters
07 de Dezembro de 2017 às 10:44
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O futuro presidente do Eurogrupo não vai mudar as políticas do fórum que reúne os ministros das finanças da Zona Euro, defendeu esta quinta-feira Jeroen Dijsselbloem perante o Parlamento Europeu, afastando assim dúvidas sobre se a escolha de Centeno significaria o fim de políticas de austeridade no espaço da moeda única.

"Penso que isso é um não debate. A estratégia do Eurogrupo nunca foi definida por uma abordagem unidimensional de austeridade. Por isso, penso que a nossa estratégia não vai mudar no fundamental", disse o ainda presidente do Eurogrupo, citado pela Reuters, em resposta à pergunta sobre se a eleição de um socialista significaria que o Eurogrupo iria pôr um ponto final nas suas políticas de austeridade. 

"Uma grande parte da nossa estratégia está naturalmente incluída no Pacto de Estabilidade e Crescimento e outros acordos feitos entre nós. Parte da estratégia está também relacionada com o sector financeiro e com a recuperação dos bancos", disse o ex-ministro holandês das finanças.

O ainda líder do Eurogrupo precisou que "a mudança de quem ocupa o cargo não significa que de repente as políticas vão mudar – elas foram incluídas em acordos feitos entre nós e as decisões do Eurogrupo ainda são tomadas por unanimidade".  

Na quarta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, garantiu que a eleição de Centeno para a liderança do Eurogrupo não vai ter consequências para a política interna, perante os receios dos parceiros à esquerda do PS que vêem no fórum dos ministros das Finanças na Zona Euro um dinamizador da linha de austeridade.

"Quanto a Portugal não muda nada", assegurou, acrescentado que "não estamos nem mais nem menos sujeitos às regras" do que estávamos anteriormente, porque as regras "não mudaram", afirmou o chefe do Executivo, perante o Parlamento português. 
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