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Dijsselbloem defende que Centeno não vai mudar políticas do Eurogrupo
O ainda presidente do fórum que junta os ministros das Finanças da Zona Euro lembra que as regras foram acordadas entre os estados-membros e que as decisões no Eurogrupo são tomadas por unanimidade.
O futuro presidente do Eurogrupo não vai mudar as políticas do fórum que reúne os ministros das finanças da Zona Euro, defendeu esta quinta-feira Jeroen Dijsselbloem perante o Parlamento Europeu, afastando assim dúvidas sobre se a escolha de Centeno significaria o fim de políticas de austeridade no espaço da moeda única.
"Penso que isso é um não debate. A estratégia do Eurogrupo nunca foi definida por uma abordagem unidimensional de austeridade. Por isso, penso que a nossa estratégia não vai mudar no fundamental", disse o ainda presidente do Eurogrupo, citado pela Reuters, em resposta à pergunta sobre se a eleição de um socialista significaria que o Eurogrupo iria pôr um ponto final nas suas políticas de austeridade.
"Uma grande parte da nossa estratégia está naturalmente incluída no Pacto de Estabilidade e Crescimento e outros acordos feitos entre nós. Parte da estratégia está também relacionada com o sector financeiro e com a recuperação dos bancos", disse o ex-ministro holandês das finanças.
O ainda líder do Eurogrupo precisou que "a mudança de quem ocupa o cargo não significa que de repente as políticas vão mudar – elas foram incluídas em acordos feitos entre nós e as decisões do Eurogrupo ainda são tomadas por unanimidade".
Na quarta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, garantiu que a eleição de Centeno para a liderança do Eurogrupo não vai ter consequências para a política interna, perante os receios dos parceiros à esquerda do PS que vêem no fórum dos ministros das Finanças na Zona Euro um dinamizador da linha de austeridade.