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Tsipras: Entendimento permite "virar a página" após seis anos de crise  

O entendimento alcançado na zona euro para continuar a assistência financeira à Grécia e abrir caminho a um alívio da dívida grega permitirá "virar a página" de seis anos de crise, afirmou hoje o primeiro-ministro, Alexis Tsipras.

Reuters
10 de Maio de 2016 às 15:39
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"Pela primeira vez, tivemos boas notícias", afirmou Tsipras no início de uma reunião do Conselho de Ministros, convocada para fazer um balanço da reunião do Eurogrupo que decorreu na segunda-feira em Bruxelas.

 

A reunião dos ministros da Finanças da zona euro abriu caminho ao pagamento de uma tranche de pelo menos 5,4 mil milhões de euros do empréstimo alcançado em Julho de 2015, num total de 86 mil milhões de euros, indicou, acrescentando que o montante será "em grande parte utilizado pelo Estado para pagar dívidas".

 

O líder grego congratulou-se ainda com a perspectiva de um alívio da enorme dívida pública do país.

 

"Isso vai permitir criar um espaço financeiro para relançar a economia e para alargar a protecção social", disse Tsipras.

 

"Com a decisão de 24 de maio, a Grécia vai virar a página, deixando para trás seis anos de obscuridade", adiantou.

 

Os ministros da Finanças da zona euro terão ainda de confirmar na sua próxima reunião, a 24 de maio, os compromissos alcançados na segunda-feira, se o país entretanto cumprir as obrigações que assumiu em Julho, nomeadamente em matéria de aceleração das privatizações e de aumento dos impostos indirectos.

 

Atenas terá ainda de chegar a acordo com os credores sobre uma série de medidas adicionais a aplicar em caso de não respeitar o objectivo de alcançar um excedente primário de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018.

 

Grécia ainda não chegou à meta, diz Moscovici

 

O comissário europeu dos Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, afirmou que a Grécia "com os seus parceiros já percorreu boa parte do caminho, mas ainda não chegou à meta".

 

Um dia depois do encontro excepcional de ministros da zona euro, Moscovici notou, no Parlamento Europeu, em Estrasburgo (França), a necessidade de medidas ainda serem aprovadas, visto esta ser condição prévia para encerrar a primeira revisão do programa de resgate e "chegar à meta".

 

Perante os eurodeputados, o comissário indicou que a "grande conquista" da reunião de ministros da zona euro é afirmar-se que as "negociações sobre reformas chegaram a bom porto", embora ainda faltem "alguns pormenores" para um acordo.

 

Acerca do mecanismo de contingência, Moscovici comentou haver um "acordo geral", explicando que para a Comissão Europeia "as medidas já aprovadas bastarão para alcançar os objetivos de excedentes primários, mas nem todos os envolvidos consideram que isso acontecerá".

 

Assim, os membros do Eurogrupo concluíram ser útil um mecanismo extra que garanta medidas para cumprimento dos objectivos.

 

Sobre a hipótese de reestruturação da dívida, Moscovici afirmou a satisfação da Comissão pelas conclusões do Eurogrupo, que prevê abordar a perspectiva a curto prazo até 2018, assim como a médio e longo prazo, "sem 'haircuts'.

 

Para o responsável de Bruxelas, a reunião foi "excepcional" e será uma data "importante da história de sucesso da Grécia, como se quer".

 

Moscovici acredita que serão tomadas "decisões favoráveis a 24 de maio", na próxima reunião do Eurogrupo, e se chegue a um "acordo global que concretize o caminho das reformas e o regresso ao caminho do crescimento e da confiança".

 

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