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Tsipras: "A Europa pode reduzir as suas diferenças e encontrar soluções"

Alexis Tsipras vai estar hoje reunido pela primeira vez com Angela Merkel desde que chegou ao poder, apenas horas depois do Eurogrupo ter terminado sem acordo. À chegada a Bruxelas, prometeu reformas para aumentar as receitas fiscais.

Reuters
12 de Fevereiro de 2015 às 13:46
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São as primeiras palavras de Alexis Tsipras após a reunião do Eurogrupo. Após o encontro entre os ministros das finanças do euro ter terminado sem acordo, o primeiro-ministro grego vem defender que é preciso encontrar "soluções" para a crise actual na União Europeia.

 

"Estamos agora num caminho crítico para a Europa", disse o líder helénico esta quinta-feira, 12 de Fevereiro, em Bruxelas, citado pela Reuters. "Devemos mostrar que a Europa pode reduzir as suas diferenças e encontrar soluções em linha com os seus princípios fundadores".

 

As declarações tiveram lugar horas antes do Conselho Europeu, a reunião que junta os 28 líderes dos estados-membros da União Europeia. Esta vai ser a primeira-vez que Alexis Tsipras e Angela Merkel vão estar juntos, após a chegada do Syriza ao poder.

 

O primeiro-ministro garantiu que pretende aumentar as receitas fiscais através do combate à corrupção e à evasão fiscal. E que vai aprovar reformas neste sentido.

 

"Está na altura de trazer de volta a agenda de reformas para regressarmos a um caminho de solidariedade social necessária para as pessoas e para o nosso futuro comum na Europa", afirmou.

 

Além da estreia com Merkel, o primeiro-ministro grego também se vai encontrar pela primeira vez com o seu homólogo britânico. Londres vai transmitir a Atenas que pretende uma rápida resolução para a Grécia.

 

"Esta é uma boa oportunidade para ouvir os planos de Tsipras. O primeiro-ministro vai dizer-lhe: "Queremos uma rápida resolução deste impasse entre vocês e os parceiros europeus. E tudo o que é preciso é chegarmos a acordo e desenhar um plano"", disse uma fonte do Governo britânico ao The Guardian.

 

A extensão do actual programa de ajustamento levou a que o Eurogrupo terminasse sem acordo. Um responsável grego reafirmou à Reuters a mensagem que Atenas não vai recuar neste ponto.

 

Já o primeiro-ministro finlandês - que têm defendido que a Grécia deve manter os seus compromissos -, defendeu que é necessário alcançar "um acordo na segunda-feira", disse à referência ao próximo Eurogrupo. "O tempo está a acabar", reforçou.

 

Alexander Stubb enfrenta eleições gerais este ano e qualquer acordo com a Grécia terá que ser submetido à aprovação do parlamento finlandês.

 

Grécia com quebra de mil milhões na receita fiscal

 

O primeiro-ministro grego reuniu-se com o seu homólogo belga que revelou estar confiante num desfecho positivo para o actual impasse sobre o futuro financeiro da Grécia.

 

"A magia da Europa sempre foi encontrar soluções mesmo onde pensámos ser impossível. Estou convencido que esta magia vai acabar por funcionar", afirmou Charles Pierre.

 

Contudo, reconheceu que a "solução é delicada e difícil. Precisamos de determinação e vontade", sublinhou após um encontro com Alexis Tsipras e Yanis Varoufakis.

 

Enquanto isso, houve notícias a chegarem de Atenas. A execução orçamental de Janeiro registou uma queda em mil milhões de euros nas receitas fiscais, devido a atrasos no pagamento de impostos, conforme disse à Reuters o secretário de Estado das Finanças.

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