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Bolsa grega disparou 8% impulsionada por fortes ganhos da banca

O principal índice da praça grega encerrou a somar mais de 8%, numa sessão que a banca encerrou em forte alta. Esta quinta-feira, o BCE decidiu aumentar o limite de financiamento aos bancos gregos para 65 mil milhões.

Reuters
12 de Fevereiro de 2015 às 16:37
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O principal índice da praça grega encerrou esta quinta-feira, 12 de Fevereiro, em forte alta, somando 8,12%, isto depois de ontem ter fechado a cair em torno de 4%. A banca helénica encerrou também com uma forte valorização. O Piraeus Bank encerrou a subir 9,97% depois de ter chegado a subir 12,54%.

 

O Eurobank Ergasias encerrou a subir 12,75%, o valor mais elevado registado na sessão. E o National Bank of Greece fechou a disparar 18%, igualmente também o valor mais elevado da sessão.

 

Esta quinta-feira, o Conselho do Banco Central Europeu terá decidido, após uma reunião por teleconferência, elevar o montante disponível para financiar os bancos gregos para 65 mil milhões de euros. A notícia, citada pela Bloomberg, está a ser avançada pelo jornal alemão FAZ. A Reuters também já tinha noticiado que o Conselho do BCE tinha reunido por teleconferência esta quinta-feira, mas com o objectivo de pressionar a Grécia a aceitar a extensão do actual programa de ajustamento.

 

O aumento do limite máximo da Emergency Liquidity Assistance (ELA) – linha de emergência do banco central grego à qual os bancos do país podem aceder para obter liquidez – surge depois da imprensa grega ter dado conta que os bancos já tinham atingido o limite máximo de 60 mil milhões.

 

O sector financeiro grego aumentou o recurso à ELA depois do BCE ter deixado de aceitar dívida pública grega como colateral nos empréstimos aos bancos europeus, uma medida que penalizou sobretudo os bancos gregos.

 

No mercado secundário de dívida, os juros da dívida grega a dez anos estão a aliviar, recuando 56 pontos base para os 10,035%.

 

Hoje realiza-se uma Cimeira Europeia onde estão presentes os líderes dos governos europeus. Para Alexis Tsipras, primeiro-ministro grego, este é o primeiro encontro deste género em que participa. Além disso, é a primeira vez que Tsipras vai estar reunido com Angela Merkel desde que chegou ao poder, algo que vai ter lugar apenas horas depois do Eurogrupo ter terminado sem acordo. À chegada a Bruxelas, o líder grego prometeu reformas para aumentar as receitas fiscais.

 

Em relação ao Eurogrupo desta quarta-feira, que terminou sem um acordo, durante a manhã de hoje surgiram algumas divergências sobre o que se passou entre os ministros das Finanças do euro à porta fechada.

 

O Financial Times avança esta quinta-feira, 12 de Fevereiro, que Yanis Varoufakis tinha chegado a acordo com os parceiros europeus para depois recuar no último minuto, após Alexis Tsipras ter vetado o comunicado final.

 

Mas o Executivo de Alexis Tsipras conta uma estória diferente da do FT. Primeiro, diz que deu luz verde, sim, mas em relação a um texto anterior, uma versão inicial do comunicado hoje divulgado.

 

Mais tarde, o texto foi alterado pelos parceiros europeus para a versão divulgada hoje. Perante esta alteração, com este texto a ser a versão final, a delegação grega vetou o documento, terminando assim o Eurogrupo sem acordo.

 

"Em nenhum momento a delegação grega deu consentimento ao texto que foi publicado" pelo Financial Times, disse Nikos Pappas, chefe de gabinete de Alexis Tsipras.

 

Apesar do desmentido, o jornal financeiro mantém a sua versão da estória e garante que esta foi confirmada por diversas fontes de diversos estados-membros presentes na reunião do ministro das Finanças da Zona Euro em Bruxelas na quarta-feira.

 

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