O consumo das famílias francesas inverteu o movimento de queda no segundo trimestre, ao crescer 0,4% após ter recuado 0,6%. Mas as exportações desaceleraram e o investimento sofreu um recuo ainda mais acentuado entre Abril e Junho, mantendo a economia francesa em estagnação, revelam os dados divulgados nesta terça-feira, 23 de Setembro, pelo Instituo Nacional de Estatística francês (INSEE).

Esta segunda leitura do produto interno bruto (PIB) confirma a primeira avançada em Agosto que levou o Governo francês a admitir que o país não voltará a cumprirá os objectivos de redução do défice orçamental. Paris pede agora a Bruxelas mais dois anos, até 2017, para baixar o saldo negativo das contas públicas para o limite máximo de 3% do PIB permito pelos Tratados europeus.

Segundo o INSEE, as exportações, que tinham aumentado 0,6% no primeiro trimestre, desaceleraram e crescerem apenas 0,1% nos três meses seguintes, tendo as importações seguido idêntico comportamento, ao progredirem 0,4%, após 0,8%.

No total, o comércio exterior teve um impacto negativo de 0,1 pontos do PIB no segundo trimestre.

Em contrapartida, o consumo das famílias aumentou 0,4% depois de ter caído 0,6%, mas a formação bruta de capital fixo (investimento) acentuou a quebra, de -0,9% para -1,1%.