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Primeiro-ministro grego diz que pôr fim à austeridade não implica romper compromissos

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, disse este sábado que acabar com a austeridade não significa quebrar os compromissos assumidos com o Fundo Monetário Internacional e com o Banco Central Europeu, estando para breve um acordo a nível europeu.

Reuters
31 de Janeiro de 2015 às 17:31
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Em declarações enviadas à Bloomberg e reproduzidas por outros meios, Tsipras procurou, mais uma vez, acalmar as tensões com os credores internacionais ao dizer que a Grécia precisa de "tempo para respirar".

 

"A minha obrigação de respeitar o mandato claro dado pelo povo grego sobre pôr um fim às políticas de austeridade e regressar a uma agenda de crescimento de forma alguma implica que não cumpramos as nossas obrigações de empréstimos para com o BCE ou o FMI", disse Tsipras, que acrescentou que "a deliberação com os parceiros europeus acabou de começar".

 

O primeiro-ministro grego realçou que, "pelo contrário, significa que é preciso tempo para respirar e criar um programa próprio de recuperação da médio-prazo, que, entre outras coisas, incorpore os objetivos de orçamentos primários equilibrados e reformas radicais para abordar a evasão fiscal, corrupção e as políticas de clientelismo".

 

"Apesar da existência de perspetivas diferentes, estou absolutamente confiante de que iremos conseguir alcançar em breve um acordo mutuamente vantajoso, para a Grécia e para a Europa como um todo", sublinhou Tsipras.

 

O governante grego, que tomou posse esta semana, declarou ainda: "Nenhuma das partes está à procura de conflito e nunca foi nossa intenção agir unilateralmente sobre a dívida grega".

 

Na quinta-feira, Tsipras pediu "tempo" para conseguir pôr em prática "reformas mais profundas" na Grécia.

 

"Estamos dispostos a dar início a reformas mais profundas, sem austeridade, mas também sem défice", assegurou o primeiro-ministro grego, acrescentando, no entanto, que para o conseguir o país e o novo governo helénico "precisam de tempo".

 

Por seu lado, a chanceler alemã, Angela Merkel, tal como os demais líderes europeus, manifestou-se contra um perdão  da dívida da Grécia, como defende o novo primeiro-ministro grego, numa entrevista publicada hoje pelo jornal Hamburger Abendblatt.

 

"Já houve um perdão voluntário da dívida por parte dos credores privados, os bancos já cortaram a dívida da Grécia em milhares de milhões", argumentou Angela Merkel, realçando: "Eu não equaciono um novo cancelamento da dívida".

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