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Presidente do Eurogrupo diz ser "crucial" que todos respeitem o pacto de estabilidade

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, disse esta segunda-feira em Bruxelas, à entrada para uma reunião de ministros das Finanças da zona euro, que "a principal mensagem para todos os países é que respeitem o pacto de estabilidade e crescimento".

Ints Kalnins/Reuters
08 de Dezembro de 2014 às 10:14
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"É crucial que todos os países se mantenham comprometidos com o pacto, com as obrigações do pacto. É crucial para a confiança no Eurogrupo e na zona euro, mas também para a confiança do resto do mundo na zona euro. Por isso, vamos todos respeitar o pacto, acho que esse é o principal tema hoje", disse.

 

Dijsselbloem falava à entrada para uma reunião dupla do Eurogrupo, na qual os ministros das Finanças da zona euro começarão por apreciar as opiniões adoptadas a 28 de Novembro pela Comissão Europeia sobre os orçamentos dos Estados-membros para o próximo ano, focando-se nos sete países que Bruxelas considerou que apresentam "riscos de incumprimento das regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento", entre os quais Portugal.

 

Nos seus pareces, o executivo comunitário considerou que sete países da zona euro, designadamente Bélgica, Espanha, França, Itália, Malta, Áustria e Portugal, "ameaçam" quebrar as regras do pacto de estabilidade sobre limites de défice e dívida, mas promete seguir "com atenção" a execução orçamental de França, Itália e Bélgica, já que, nestes casos, "o risco de incumprimento tem implicações a nível de eventuais medidas ao abrigo do procedimento relativo aos défices excessivos".

 

Dijsselbloem concordou que, em relação a estes três países em particular, "há mais preocupações", e o Eurogrupo irá discutir hoje a decisão da Comissão de lhes dar mais tempo, "para ver se há um apoio generalizado" nesse sentido.

 

Da parte da tarde, haverá nova reunião do Eurogrupo, para discutir os assuntos correntes da zona euro, e Portugal voltará a estar na agenda, com uma apreciação ao relatório das instituições da troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), na sequência da sua primeira missão pós-programa de ajustamento.

 

A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, deverá reiterar hoje perante os seus colegas que o Governo continua a considerar realistas as suas próprias previsões orçamentais, assumindo a divergência de pontos de vista relativamente ao executivo comunitário.

 

Na passada semana, a ministra disse que há um "défice de percepção" da Comissão Europeia relativamente ao ritmo das reformas em Portugal após a saída da 'troika', garantindo que "o ímpeto reformista" do Governo não abrandou, mensagem que deverá voltar a transmitir hoje aos seus parceiros do Eurogrupo.

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