A reunião entre os responsáveis gregos e o grupo de trabalho europeu terminou ainda na segunda-feira, 30 de Março, à noite, segundo fonte oficial do Governo helénico, citado pela Bloomberg.

Já a porta-voz da Comissão Europeia, Mina Andreeva, afirmou, em conferência de imprensa, que as negociações forma "construtivas", mas ainda não atingiram o ponto necessário. "O objectivo das negociações é alcançar um pacote de reformas credível e abrangente", afirmou a responsável, citada pela Bloomberg.

"Negociações construtivas estão a decorrer desde sexta-feira, mas ainda não estamos lá, é por isso que as negociações devem continuar", acrescentou a responsável.

Já a Reuters adianta que as negociações serão retomadas na próxima semana, segundo três fontes oficiais do Governo de Atenas. Uma quarta fonte próxima do processo adiantou à agência de informação americana que o facto de as negociações terem terminado não significa qualquer tipo de ruptura.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmou já esta terça-feira, 31 de Março, que um acordo entre as duas partes deverá ser alcançado até ao final de Abril. "Estou certo que vamos chegar a um acordo até ao final de Abril", afirmou, citado pela agência de informação grega, ANA. O responsável adiantou que se está a trabalhar num plano A para a Grécia e disse acreditar que "a situação está sob controlo."

Segundo diversas fontes citadas pelas agências internacionais, Atenas enviou propostas a conta-gotas e sem detalhe, mas a tal lista de medidas a incluir num Orçamento rectificativo  poderá significar três mil milhões de euros de receitas adicionais (essencialmente via impostos), mas também mais mil milhões de despesa (sobretudo com pensões), com Atenas a assumir que, no final do ano, poderá apresentar um excedente orçamental de 1,2% ou 1,5% do PIB, metade da meta de 3% subjacente ao Orçamento aprovado pelo anterior governo – e na qual a troika nunca acreditou.