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Moody’s: "Vemos a Zona Euro a divergir e não a convergir"

O crescimento na Zona Euro é fraco e isso preocupa a Moody's. A agência de notação financeira aconselha, por isso, mais reformas estruturais, mas não acredita que venham a acontecer. E aponta que uma travagem brusca da China é o principal risco para a economia da união monetária.

Reuters
02 de Março de 2016 às 13:17
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O crescimento na união monetária ainda deixa muito a desejar. Quem o diz é a Moody’s, que alerta para a falta de investimento na região. São necessárias mais reformas estruturais, numa altura em que não há potencial positivo nos "ratings". Preocupante é que, na realidade, os países da Zona Euro estão a divergir.

"As finanças públicas melhoraram em toda a Zona Euro", reconheceu Kathrin Muehlbronner, numa apresentação aos investidores que decorreu esta quarta-feira, 2 de Março. Mas a vice-presidente sénior da Moody's e responsável pela notação financeira para Portugal relembra: "A Europa está a crescer, mas não está a crescer muito depressa".

De facto, a previsão da Moody’s para 2016 é de um crescimento de 1,5% na união monetária. Neste sentido, explicou a especialista, "reformas estruturais poderiam melhorar o cenário". "Mas não estamos confiantes que venham a acontecer", admite Kathrin Muehlbronner, apontando o dedo a pressões políticas.

E é aqui que a responsável da agência de notação financeira identifica um dos principais problemas. "Vemos a Zona Euro a divergir e não a convergir em muitos aspectos", atira Kathrin Muehlbronner, explicando que a crise migratória é apenas um exemplo.

Por outro lado, "a procura interna tem sido o principal factor para o crescimento na Europa e prevemos que continuará a ser", acredita a especialista da Moody’s. Contudo, acredita que "para vermos um crescimento mais forte, precisaremos de ver um investimento mais forte".

Certo é que "a China continuará a ser um ímpeto poderoso no crescimento global", defende Kathrin Muehlbronner, apesar da perspectiva negativa atribuída esta manhã. Contrariando algumas previsões, a especialista não acredita que a segunda maior economia do mundo venha a enfrentar graves problemas económicos, mas conclui que "uma aterragem brusca da China é o principal risco para a Europa". 

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